O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez durante a campanha a promessa sobre a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. A informação foi um dos destaques no site do Partido dos Trabalhadores na época de campanha. A proposta era voltada para a retomada do poder de compra dos brasileiros.
No entanto, a partir deste ano, quem ganha pelo menos um salário mínimo e meio por mês (R$ 1,9 mil) passa a pagar o imposto à Receita Federal. O desconto já ocorre na folha de pagamento para essa quantia, com alíquota mínima de 7,5% sobre a renda.
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), calculou, com base nos dados da inflação, uma defasagem de 134% sobre a tabela do IR para a pessoa física, que não sofre reajuste desde 2016. Se o governo fizesse o reajuste integral, a renda mensal isenta de declarar o IR iria do teto atual para R$ 4,4 mil na declaração deste ano.
Os quase 38 milhões de contribuintes devem declarar o imposto de renda. Caso houvesse correção integral da tabela, como estava preestabelecido por Lula, 11,5 milhões de brasileiros continuariam obrigados a declarar. Com o reajuste, haveria uma renúncia fiscal de R$ 184 bilhões para a Receita Federal, segundo as estimativas da Unafisco.
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