O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou nesta quarta-feira, 20, um trecho da obra de Paulo Freire para justificar a aliança com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo adversário político e agora pré-candidato a vice-presidente na mesma chapa que concorre ao Palácio do Planalto.
“Eu li em um livro do Paulo Freire que a gente tem que juntar os divergentes para derrotar os antagônicos”, disse Lula em sua conta no Twitter. Após a declaração, ele recebeu críticas tanto de pessoas ligadas à esquerda, que ainda questionam a escolha do ex-tucano para compor a frente ampla, quanto de direita, que relembram as acusações de Lula sobre corrupção.
“E é isso que vocês precisam saber. Nós vamos consertar esse país”, afirmou o ex-presidente. Um dos fundadores do PSDB, Alckmin deixou o partido em dezembro de 2021 para compor a chapa de Lula e se filiou ao PSB.
A afirmação do ex-presidente foi considerada inadequada por críticos ligados à esquerda, tendo em vista o passado de Alckmin enquanto governador de São Paulo, marcado por disputas com professores de escolas públicas.
Já críticos alinhados com a direita afirmaram que o ex-tucano não teria se incomodado diante das denúncias de corrupção contra o petista. O vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo), que é pré-candidato à Câmara, disse que Alckmin teria virado “cúmplice” de Lula e estaria “voltando à cena do crime”, citando expressão usada pelo próprio ex-governador para atacar o ex-presidente em 2017.
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