O presidente Jair Bolsonaro transferiu o general de divisão e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para a reserva remunerada do Exército. O ato consta em publicação do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 4.
De olho na disputa pelo cargo de deputado federal, Pazuello solicitou sua passagem para a reserva remunerada no dia 21 de fevereiro. O general pretende disputar uma das 46 cadeiras do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados. Pazuello ainda conversa com alguns partidos, sendo o PL, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro, seu destino mais provável.
A reserva remunerada é uma espécie de “aposentadoria” do serviço militar, dado que o general será afastado de suas atribuições e continuará recebendo remuneração. Antes, Pazuello ocupava um cargo na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, para o qual foi nomeado pelo chefe do Executivo em junho do ano passado.
O general deixou a Pasta da Saúde em março de 2021 após ser pressionado por seu desempenho perante a pandemia de covid-19. À época, ele virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, acusado de ter ignorado ofertas de vacinas e ter sido omisso na crise de oxigênio em Manaus.
Como militar, Pazuello passou a ser pressionado para se aposentar após participar de ato político ao lado de Bolsonaro, fato que gerou grande controvérsia e motivou duras críticas de ex-titulares da Defesa. Por fim, o comando do Exército considerou que o general não cometeu “transgressão disciplinar” ao subir em carro de som com o presidente e arquivou o procedimento administrativo contra ele.
Procurado, o Exército ainda não se manifestou sobre a passagem de Pazuello para a reserva remunerada.
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