O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quinta-feira, 24, que um eventual novo mandato seria composto "com muita gente nova". Dessa forma, o petista descartou a possibilidade de nomes históricos do partido integrarem o primeiro escalão do governo. Além da ex-presidente Dilma Rousseff, Lula citou o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoino.
"Não tem sentido uma ex-presidente da República trabalhar de auxiliar em outro governo", disse Lula sobre Dilma em entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte (MG). O ex-presidente também declarou ter "profundo respeito" por Dirceu e Genoino, mas disse que nenhum deles aceitaria participar do governo.
Questionado sobre o convite de Dilma, em 2016, para que ele integrasse a Casa Civil, o petista afirmou que apesar de ter aceitado a proposta - posse que foi suspensa pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) -, tentou convencer Dilma da ineficácia em tê-lo no governo. Segundo Lula, no Palácio do Planalto "não cabem dois presidentes". Se ele aceitasse o convite, disse, seria um incômodo para os dois.
Lula também minimizou as críticas a Geraldo Alckmin (PSB), ex-tucano que está com o caminho pavimentado para integrar sua chapa como vice. "Contraditório seria eu ter um vice do PT porque seria uma soma zero. Não acrescentaria nada", afirmou. Lula também disse que uma chapa com Alckmin seria "muito forte", o que o ajudaria a vencer as eleições.
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