Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), reagiram nesta sexta-feira, dia 1º, de formas distintas ao pedido de demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Enquanto Eunício comemorou, Maia lamentou e disse que a questão da redução dos preços dos combustíveis poderia ter sido resolvida "sem intervenção".
"Era o que a sociedade esperava", declarou o presidente do Senado ao Broadcast Político. "Ele tinha muita credibilidade e estava fazendo um ótimo trabalho. A questão do preço dos combustíveis poderia ter uma saída sem nenhum tipo de intervenção", reagiu o presidente da Câmara, para quem o governo poderia ter resolvido a questão por meio de impostos regulatórios.
- Foto: Renato Costa/FramePhoto/Estadão ConteúdoEunício Oliveira, Michel Temer e Rodrigo Maia
Como mostrou mais cedo o Broadcast, Pedro Parente entregou sua carta de demissão ao presidente Michel Temer durante reunião nesta sexta-feira no Palácio do Planalto.
Na carta, o executivo afirmou que a greve dos caminhoneiros desencadeou "intenso" e "emocional" debate e colocou a política de preços da Petrobras sob "intenso questionamento". "Diante desse quadro, minha permanência na Petrobras deixou de ser positiva", declarou.
Segundo informou a Coluna do Broadcast na última terça-feira, 29, Parente estaria cogitando trocar o comando da estatal pela presidência da empresa de alimentos BRF. Após demissão de Pedro Parente, o papel da companhia no exterior (ADR) chegou a cair 15% e a Bovespa, que operava em alta, inverteu o sinal.
Em fato relevante, a Petrobras informa que a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração ao longo do dia, e que a composição dos demais membros da diretoria executiva não sofrerá qualquer alteração.
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