Fechar
GP1

Política

Joesley Batista cita até prostituição em novo trecho de áudio

De acordo com o dono da JSB, o sexo, nesse caso, deveria ser encarado como um trabalho de um funcionário da empresa para ajudá-la a alcançar seus objetivos.

A revista Veja divulgou, na tarde desta terça-feira (05), outro trecho dos áudios dos delatores da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud, que podem anular a delação premiada dos executivos.

Em determinado momento, o empresário Joesley Batista diz que deu ordem para o advogado da empresa, Francisco de Assis e Silva, transar com uma das profissionais envolvidas na negociação com o Ministério Público Federal (MPF). “Eu já falei para o Francisco, você tem até domingo que vem para c… a (…). Se não, eu vou c… Francisco, é trabalho, viu! Vou te dar até domingo que vem. Se não, eu vou fazer o serviço.”


  • Foto: Ayrton Vignola/Estadão ConteúdoJoesley BatistaJoesley Batista

De acordo com o dono da JSB, o sexo, nesse caso, deveria ser encarado como um trabalho de um funcionário da empresa para ajudá-la a alcançar seus objetivos. “Não é fetiche, não, velho, um de nós tem que botar ela na cama.”

O empresário afirma ainda que contratou uma pessoa do sexo masculino para prestar esse tipo de atividade. “Eu já arrumei um v… pra d… para quem a gente precisar. Sério, já tenho contratado um”, disse Joesley a Saud. “É o seguinte, ou vai no amor, ou vai na… É serviço, cara”, explicou. “Nós vamos ajeitar a (nome de mulher), nós vamos ajeitar o (nome de um homem). Vamos ver o que cada um está precisando”, finalizou.

Confira o trecho do áudio

Entenda

Por terem omitido os episódios citados na conversa durante os depoimentos prestados como parte da delação premiada, os delatores poderão ter os benefícios de acordo cassados, conforme Rodrigo Janot anunciou nesta segunda-feira (04). Os dois delatores devem ser ouvidos novamente pela Procuradoria para explicar os episódios a que se referem na gravação.

A gravação foi feita durante o processo de negociação da delação premiada de Joesley e Saud com a Procuradoria. Além dos ministros do Supremo, são citados ainda pelos delatores, o ex-procurador da República Marcelo Miller, que trocou a assessoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por um escritório de advocacia contratado pela JBS. Os delatores dão a entender que no mesmo período em que auxiliava Janot na Lava Jato, Miller já trabalhava para a JBS.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.