A Reforma Política pode ser aprovada ainda nessa semana na Câmara Federal e um dos pontos mais polêmicos é o Fundo Especial de Financiamento da Democracia (FFD), onde seria estabelecido que será usado 0,5% da receita corrente líquida do governo em 12 meses, o que corresponderá a cerca de R$ 3,6 bilhões em 2018, ou seja, dinheiro público seria usado para financiar campanha dos políticos.
O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), Edvaldo Moura, criticou as mudanças estabelecidas para a criação do fundo e disse que o dinheiro público deveria ser usado em outra área, principalmente devido a atual crise financeira que o país está passando.
- Foto: Lucas Dias/GP1Edvaldo Moura
“Eu acho isso um pouco de exagero, a forma como foi apresentado [o fundo]. Na minha tese é que é muito dinheiro. Um estado que já está com mil dificuldades, eu acho que o interessante é que não houvesse despesa, sem ter dinheiro destinado a isso. Eu acho que não deveria ter despesa nenhuma”, afirmou.
Já sobre a reforma política, que tem apresentado várias mudanças no sistema eleitoral brasileiro, ele afirmou que ela precisa acontecer, mas que deveria ser devidamente discutida com a população.
“Eu sou a favor da reforma, acho que não existe uma pessoa que não admita que uma das mais importantes é a reforma eleitoral. Agora as minhas propostas não seriam as mesmas que estão sendo apresentadas aí. Tinha que ser uma que mostre que o magistrado, o juiz e a justiça eleitoral efetivamente se impõe respeito a população pelo que é, e pelo que faz. Temos nisso aí a história do mandato dos tribunais que é interessante, desde que ponderada, não da forma que vem sendo defendida pelo deputado Vicente Cândido que é o relator da reforma. Tem muita coisa interessante, outras coisas a serem melhoradas, mas eu estou participando de debates e a nossa preocupação está sendo externada e é grande”, disse.
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