O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta quinta-feira (22), a abertura de um novo inquérito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado por suposta prática de lavagem de dinheiro.
De acordo com informações do G1, o novo inquérito foi pedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base na delação da JBS e vai apurar se Aécio tentou ocultar a origem de R$ 2 milhões que teria recebido do empresário Joesley Batista. Segundo a PGR, a quantia era propina para que o senador atuasse em favor da JBS.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoAécio Neves
Em nota, o advogado de Aécio, Alberto Toron, disse que não houve crime. "A defesa do senador Aécio Neves recebe a informação com naturalidade por se tratar de desdobramento da denúncia inicial. A investigação demonstrará que não se pode falar em lavagem ou propina, pois trata-se de dinheiro de origem lícita numa operação entre privados, portanto sem envolver recurso público ou qualquer contrapartida. Assim, não houve crime".
Com o novo inquérito, Aécio passa a ser alvo de nove investigações no Supremo, sendo cinco abertas a partir das delações da Odebrecht; duas abertas a partir das delações do senador cassado Delcídio do Amaral e duas abertas a partir das delações da JBS.
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