O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que dois imóveis ligados a duas filhas do ex-ministro Antonio Palocci sejam confiscados. Os imóveis estão sob suspeita de terem sido adquiridos devido a crime de lavagem de dinheiro.
Segundo os procuradores, Palocci fez doações que chegam até R$ 3 milhões para uma filha, e quase R$ 1,5 milhão para a outra e que, com esses recursos, elas teriam comprado os imóveis.
O pedido foi feito pelo procurador regional da República, Januário Paludo, no dia 16 de junho, mas ainda não foi analisado pelo juiz Sérgio Moro. Conforme Paludo, como Palocci é investigado em duas ações penais da Lava Jato, é preciso bloquear os bens para eventuais reparações.
- Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão ConteúdoAntonio Palocci
"Dessa forma, Antonio Palocci, valendo-se dos recursos ilícitos que transitaram por suas contas bancárias, adquiriu bens imóveis de elevado valor em benefício de Carolina Palocci e Marina Watanabe, o que pode, em tese, caracterizar o delito previsto no art. 1º da Lei 9.613/98", disse o procurador.
O ex-ministro está preso desde setembro do ano passado. Atualmente, está detido na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Ele foi denunciado uma vez por corrupção passiva e 19 vezes por lavagem de dinheiro.
De acordo com o G1, o processo apura se Palocci recebeu propina para atuar em favor do Grupo Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo Governo Federal. Ele e os outros réus respondem por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-ministro é acusado de intermediar propinas pagas pela Odebrecht ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ex-executivos da empreiteira afirmaram que o codinome "Italiano", que aparece em uma planilha ao lado de valores, fazia referência a Palocci. Ele nega ser o "Italiano".
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