Nesta terça-feira (09), a defesa da presidente Dilma Rousseff apresentou alegações finais no processo que apura abuso de poder econômico e político na chapa Dilma-Temer em 2014, e solicitou que os depoimentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura sejam desconsiderados pelo tribunal.
O PSDB foi quem entrou com ação contra chapa Dilma-Temer. No início de abril, o TSE começou a julgar o caso, mas a pedido dos advogados de Dilma, concedeu mais prazo para envio de alegações finais das partes envolvidas. Durante esse período, João Santana e Mônica Moura prestaram depoimentos ao tribunal.
- Foto: Estadão ConteúdoMinistros relatarão ações que questionam impeachment de Dilma
Em depoimento ao ministro Herman Benjamin, relator do caso no TSE, o casal confirmou que Dilma tinha conhecimento do uso de caixa dois na campanha à reeleição, em 2014.
Mônica afirmou também que esteve reunida com Dilma Rousseff duas vezes, a convite da ex-presidente, em Brasília. Uma no fim de 2014 e outra em 2015.
Ainda de acordo com a marqueteira, nas duas ocasiões falou-se sobre caixa dois. E em uma delas, Dilma quis saber se corria algum risco por causa da conta Shellbill, na Suíça, usada pelos marqueteiros para pagamentos não declarados.
De acordo com o G1, nas alegações finais ao TSE, os advogados de Dilma chamaram de mentirosos os depoimentos dados pelos marqueteiros da campanha e pediram que Santana e Moura respondam por falso testemunho.
Separação da chapa
A defesa de Dilma também alegou que, ao contrário do que argumenta a defesa do presidente Michel Temer, não é possível separar as condutas dele e da ex-presidente na investigação da chapa. Isso porque, segundo os advogados de Dilma, se tratava de uma chapa única, com administrador financeiro único, que era o ex-ministro Edinho Silva, do PT.
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