O Google poderá ajudar os investigadores da Operação Lava Jato, através de informações da empresa, a esclarecer se a ex-presidente Dilma Rousseff utilizou de fato uma conta de e-mail para avisar o casal João Santana e Mônica Moura, marqueteiros do PT, sobre avanços da operação, como afirmou Mônica em depoimento da delação premiada.
Segundo ela, os três possuíam uma conta de e-mail onde eram trocadas diversas informações. Tanto Dilma, quanto Mônica e Santana tinham a senha e se comunicavam por meio de rascunhos.
Para ter aceso ao conteúdo, a Justiça terá que pedir a quebra do sigilo do endereço eletrônico.
- Foto: ReproduçãoSuposto e-mail usado entre Dilma Rousseff e Monica Moura
Segundo a Folha de S. Paulo, através dos dados de IPs (identidade das máquinas) é possível saber quem acessou as contas incluindo dia e horário, o que poderia ajudar na identificação dos usuários.
Outra possibilidade para solucionar o caso, é a realização de uma perícia nos computadores do Palácio do Alvorada e da petista, além de outros aparelhos eletrônicos como tablets e celulares. Para isso, seria necessário mandado de busca e apreensão.
Mesmo que apagados, dados podem ser recuperados nas máquinas, sendo possível a reconstituição ao menos parcial das ações que envolvem o e-mail. O Google tem cumprido decisões judiciais após embates e pedidos – no entanto, a empresa tem utilizado como critério pedidos que sejam restritos a pessoas investigadas, para não expor outros cidadãos.
Sobre o assunto, o Google afirmou em nota que recebe “regularmente pedidos de autoridades e ordens judiciais em relação a dados de usuários”. Segundo um relatório de transparência atualizado pela empresa, entre junho e dezembro de 2016 foram feitas 1.010 solicitações, das quais 60% foram cumpridas.
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