O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT), apresentou a comissão especial na terça-feira (04), a proposta da lista fechada, que segundo ele, aumentaria a representatividade feminina na política. O deputado Silas Freire (PR), disse em entrevista ao GP1, que a lista fechada, incluída na proposta de reforma política é um remédio ‘tarja preta’, pois trará muitos efeitos colaterais para os partidos políticos.
“O remédio tarja preta que eles estão querendo receitar é pra gente não ver o que aconteceu”, disse. “Eu acho que até a apresentação do relatório final haverá muitas mudanças e o único objetivo dessa lista fechada é justamente fechar nossos olhos, o que poderá acarretar em muitos efeitos colaterais”, concluiu.
- Foto: Lucas Dias/GP1Silas Freire
Em relação ao fundo de financiamento, o deputado disse que nessa eleição não deve haver modificação na escolha proporcional. “Eu acho que nessa eleição não haverá modificação, é preciso estudar mais. No entanto, eu acho democrático. Agora é preciso achar uma forma para financiar publicamente, porque o financiamento público fica meio complicado com a lista aberta”, afirmou.
Entenda:
Na última terça-feira (04), o relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT), apresentou a comissão especial a proposta da lista fechada, pré-ordenada e obrigatoriamente com alternância de sexos, dois homens e uma mulher, ou duas mulheres e um homem para aumentar a representatividade feminina. Mas na lista pré-ordenada, o eleitor não vota no candidato e sim numa lista que será definida pelos partidos.
O deputado apresentou ainda a proposta de teto fixo para as campanhas, sendo R$ 150 milhões para presidente da República; R$ 30 milhões para a eleição de governador de São Paulo, o maior valor entre os estados; e R$ 4 milhões para o governador de Roraima, o menor valor. Pela proposta seriam extintos ainda os cargos de vice.
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