Em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, João Antônio Pacífico, ex-executivo da empreiteira Odebrecht afirmou que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), recebeu R$ 12 milhões em caixa dois durante campanha de reeleição de governador do Mato Grosso em 2006. Maggi foi citado também por Pedro Augusto Leão. Segundo os delatores, operadores ligados a Maggi pediram 35% da dívida que o governo estadual tinha com a Odebrecht. Os pagamentos foram registrados com o codinome “Caldo”.
Ainda segundo João Pacífico, o estado devia cerca de 50 milhões de reais à Odebrecht desde da década de 80. Porém, o dinheiro não foi pago devido à falta de verbas nos estados.
Segundos os delatores, entre os meses de abril e maio de 2006, o então secretário da Casa Civil de Maggi, Éder de Moraes Dias, entrou em contato e solicitou os doze milhões para ajudar no recebimento dos créditos.
Os valores recebidos seriam repassados, a pretexto de contribuição eleitoral, em favor da campanha de reeleição de Maggi. Leão afirmou que o pedido foi aprovado por Maggi e seu secretário de infraestrutura, Luiz Antônio Pagot. Os pagamentos foram feitos em São Paulo em locais indicados por Éder Dias.
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