A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen, Lúcia sinalizou que pode realizar o sorteio do relator da Lava Jato entre os atuais ministros, para substituir Teori Zavascki, morto na última quinta-feira (19). De acordo com O Globo, ela deve se reunir com os colegas do tribunal na próxima semana para decidir o futuro da operação no Supremo.
Com essa decisão, o presidente Michel Temer não teria mais que indicar alguém que já assumiria com essa função e teria uma maior liberdade para escolher o novo ministro do STF. A escolha deve ter um formato diferente do que ocorreu nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff, quando os ministros da Justiça e da Advocacia-Geral da União tinham papéis fundamentais na escolha, realizando conversas prévias com possíveis indicados.
- Foto: Renato Costa/Framephoto/Estadão ConteúdoCármen Lúcia assume presidência do STF
No caso de Michel Temer, a decisão deve ocorrer de forma centralizada pelo próprio presidente. A ideia é fazer uma escolha rápida, logo após o Supremo definir o novo relator da Lava Jato. No Supremo, a morte de Teori deu início a um jogo de estratégia. Ministros cogitam mudanças internas na Corte para impedir que o substituto da vaga, a ser escolhido por Temer, seja o relator dos processos da Lava Jato.
Pelo Regimento Interno do tribunal, os processos precisam ficar na Segunda Turma, integrada por cinco ministros. Um deles era Teori. A ideia para neutralizar o novato seria transferir um ministro da Primeira para a Segunda Turma. Com isso, o indicado de Temer ficaria na Primeira Turma, que não julga a Lava Jato.
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