O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (11), ao comentar a crise no sistema penitenciário no país, que facções criminosas tem regras e códigos próprios e que essa crise é uma questão que ultrapassa a área de segurança pública para “preocupar a nação como um todo”.
Na última semana, Manaus registrou a morte de 60 pessoas durante rebeliões em presídios. Já em Roraima, mais de 30 presidiários foram mortos em outro massacre. De acordo com informações do G1, os mortos no massacre da última semana em Manaus são integrantes da facção criminosa primeiro Comando da Capital (PCC) e o estado atribuiu a responsabilidade à facção rival Família do Norte (FDN).
“A União também passou a interessar-se muito mais sobre essa matéria, porque essas organizações criminosas, como o PCC e a Família do Norte etc, constituem-se quase numa regra jurídica, numa regra de direito fora do Estado. Veja que eles têm até preceitos próprios", afirmou o presidente.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel Temer
"E, para surpresa nossa, até quando fazem aquela pavorosa matança, o fazem baseado em códigos próprios. Então essa é uma questão que ultrapassa os limites da segurança para preocupar a nação como um todo", complementou o presidente.
Temer disse ainda que segurança pública não é responsabilidade exclusiva do governo federal. Volto a dizer que, embora a segurança pública não seja exatamente uma matéria que cabe à União Federal no seu todo, cabe apenas aquela referente às competências da Polícia Federal estabelecidas na Constituição, o fato é que temos que auxiliar os estados principalmente na questão penitenciária”, afirmou.
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