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João de Deus critica Temer e diz que ninguém vota em vice

"Muitos escândalos. É um governo que não tem sustentação. Não tem respaldo popular", disparou o parlamentar em entrevista ao GP1.

Em entrevista ao GP1, o deputado estadual João de Deus (PT) criticou a gestão do presidente interino Michel Temer (PMDB), que já teve três ministros exonerados após envolvimento em escândalos.

O parlamentar não acredita que o peemedebista vai conseguir se sustentar no governo e afirmou que ninguém vota em vice. “Muitos escândalos. É um governo que não tem sustentação. Não tem respaldo popular, mesmo que alguns digam que ele era o vice, ninguém vota em vice. O Michel Temer jamais seria eleito presidente da República, sobretudo em função do projeto que ele está abraçando que é o projeto derrotado nas ruas, representado pelo Aécio Neves”, destacou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Deputado João de Deus(Imagem:Lucas Dias/GP1)Deputado João de Deus
Para o deputado, a fragilidade atual do Congresso pode beneficiar Michel Temer, principalmente em relação a uma possível tentativa de barrar as operações realizadas pela Polícia Federal.

“Temos a clareza que as ameaças que estamos tendo e as atitudes tomadas pelo vice-presidente interino são todas derrotadas nas urnas em 2014. Como desvincular as verbas da educação e saúde. Isso é um crime. Isso vai contra a sociedade brasileira e o que está previsto na constituição. Se aproveitando de um congresso extremamente fragilizado, onde a maioria está envolvida até o gogó com atos de corrupção, atos ilícitos, sobre a promessa de salvação das operações da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do próprio judiciário. Estão hoje cordeirinhos para votar o que o Temer quiser e o que o Ministro da Fazenda propõe”, afirmou.

Ele ainda criticou algumas medidas tomadas por Temer. “Tipo, você cortar os direitos sociais, atacar as conquistas históricas da saúde pública, da educação, o piso salarial dos professores, uma verba vinculada na educação que obriga os gestores aplicar um percentual da arrecadação na educação, para pagar juros da dívida, para pagar o sistema financeiro, para jogar dinheiro na mão de quem sempre ganhou de forma desonesta nesse país, as custas da especulação financeira. É um governo que não tem respaldo para fazer esse tipo de mudança, mas em nome do mercado está determinado a fazer, lamentamos, mas temos um caminho, que é denunciar publicamente essa preposição”, finalizou.
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