Nayrana Meireles
O engenheiro Luiz Carlos Martins, ligado à Camargo Corrêa, relatou à força-tarefa da Lava Jato em delação premiada, que havia firmado o compromisso de pagar R$ 21 milhões em propina para o PT e o PMDB pelas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Luiz Carlos relatou que, em 2011, levou ao presidente da Camargo Corrêa na época, Dalton Avancini, a “cobrança” que lhe havia sido feira pelo então presidente da Andrade Gutierrez, Flávio Barra.
O texto da delação mostra que o valor seria dividido ao meio pelos partidos. "No sentido de que 1% dos valores desembolsados no contrato das obras civis de Belo Monte deveria ser encaminhado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); que, complementando, afirma que a participação da Camargo Corrêa no empreendimento compreendia 16% no consórcio construtor (CCBM), pelo que lhe caberia o pagamento de 21 milhões de reais a título de propina aos citados partidos, 50% para cada", diz o texto da delação.
O engenheiro disse ainda que “o "caminho" utilizado para fazer o dinheiro chegar ao destinatário, o então ministro de Minas e Energia Edison Lobão, foi mencionado em reunião do Conselho Diretor do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte); que, especificamente, recorda-se que foram cogitados vários "caminhos", sendo que um deles envolvia Luiz Fernando Silva, que teria sido secretário estadual no Maranhão e que teria vínculos com o então ministro Lobão", disse.
De acordo com o Estadão, o executivo disse que ao levar “tal demanda” a Dalton Avancini, foi orientado a tratar do assunto diretamente com o PMDB, “sendo que os valores a serem direcionados ao PT o próprio presidente disse que iria resolver”. Os dois partidos negaram a prática de ilícitos.
Imagem: Divulgação
Usina de Belo Monte
Usina de Belo MonteLuiz Carlos relatou que, em 2011, levou ao presidente da Camargo Corrêa na época, Dalton Avancini, a “cobrança” que lhe havia sido feira pelo então presidente da Andrade Gutierrez, Flávio Barra.
O texto da delação mostra que o valor seria dividido ao meio pelos partidos. "No sentido de que 1% dos valores desembolsados no contrato das obras civis de Belo Monte deveria ser encaminhado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); que, complementando, afirma que a participação da Camargo Corrêa no empreendimento compreendia 16% no consórcio construtor (CCBM), pelo que lhe caberia o pagamento de 21 milhões de reais a título de propina aos citados partidos, 50% para cada", diz o texto da delação.
O engenheiro disse ainda que “o "caminho" utilizado para fazer o dinheiro chegar ao destinatário, o então ministro de Minas e Energia Edison Lobão, foi mencionado em reunião do Conselho Diretor do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte); que, especificamente, recorda-se que foram cogitados vários "caminhos", sendo que um deles envolvia Luiz Fernando Silva, que teria sido secretário estadual no Maranhão e que teria vínculos com o então ministro Lobão", disse.
De acordo com o Estadão, o executivo disse que ao levar “tal demanda” a Dalton Avancini, foi orientado a tratar do assunto diretamente com o PMDB, “sendo que os valores a serem direcionados ao PT o próprio presidente disse que iria resolver”. Os dois partidos negaram a prática de ilícitos.
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