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Política

Senado decide hoje se afasta a presidente Dilma Rousseff

Se o processo for instaurado, a presidente pode ser afastada por até 180 dias.

Teve início às 10h da manhã desta quarta-feira (11) no plenário do Senado, a sessão que vai decidir pela aprovação ou rejeição do relatório favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Imagem: Reprodução/ InconfidenteDilma poderá ser afastada do cargo hoje(Imagem:Reprodução/ Inconfidente)Dilma poderá ser afastada do cargo hoje
Se instaurado o processo, a Dilma será afastada por até 180 dias e será iniciada a fase de produção de provas que, posteriormente, levará ao julgamento da presidente. Para que isso aconteça, é necessário que a maioria absoluta do Senado esteja presente (41 dos 81 senadores).

Votação

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que os defensores do governo e os senadores pró-impeachment devem se alternar na tribuna do Senado para fazer suas exposições, de acordo com a ordem de inscrição.

De acordo com informações do G1, os microfones serão desligados assim que se esgotar o tempo de 15 minutos que cada senador inscrito terá para se pronunciar. Se todos os presentes se pronunciarem, a votação pode durar, em tese, até 20 horas.

A sessão ainda será dividida em três blocos, com intervalos de uma hora entre cada um. Pela manhã, das 9h às 12h; à tarde, das 13h às 18h; e à noite, de 19h em diante.

Acompanhe a sessão ao vivo

 Senado decide hoje se afasta presidente Dilma Rousseff


O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) abriu a sessão afirmando que a mesma vai tratar do processo de Dilma por suposto crime de responsabilidade.

A sessão teve início pelos 68 oradores inscritos, através da ordem de inscrição. Cada um terá até 15min. Serão 10min para discussão, e 5min para encaminhamento.

A primeira a discursar foi a senadora Ana Amélia (PP-RS) que disse entender a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal. Ela criticou ainda a condução da política econômica pelo governo Dilma.

Em seguida, foi a vez do senador José Medeiros (PSD-MT), que afirmou que é preciso "jogar o jogo da verdade constitucional", sem manobras e voltou a rechaçar a versão de que o processo de impeachment se trata de golpe.

Na sua fala, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) rebateu a tese da base do Governo de que Dilma não cometeu crime. Ele disse que o relator Anastasia demonstrou o contrário com "precisão milimétrica" em seu texto.

A quarta a falar foi a senador Marta Suplicy (PMDB-SP). A ex-petista declarou que os trabalhos da comissão e o relatório de Anastasia confirmaram sua convicção de que há indícios "mais que suficientes" de que Dilma cometeu crime de responsabilidade. Para ela, a situação "gravíssima" do país pede ações refletidas, mas rápidas.

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), o quinto a discursar, afirmou ter convicção de que Dilma cometeu crime de responsabilidade. Ele faz várias críticas ao atual Governo. O tucano criticou Dilma e Lula e se referiu a Michel Temer como "futuro presidente brasileiro". Ele prometeu apoio, mas disse que vai "vigiar" a atuação do atual vice de Dilma.

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