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Wellington defende mais discussão sobre tipificação de caixa 2

Um dos pontos do projeto é a tipificação do crime de caixa 2 eleitoral e a punição de partidos e políticos envolvidos.

Ao GP1, o governador Wellington Dias (PT) defendeu aprovação do pacote anticorrupção que está tramitando na Câmara Federal, mas fez críticas a possível alteração que pode ocorrer no projeto ao ser colocada uma emenda que garantiria anistia a quem comete crime de caixa 2, que é um dos focos da operação Lava Jato.

Um dos pontos do projeto é a tipificação do crime de caixa 2 eleitoral e a punição de partidos e políticos envolvidos, além de enquadrar também a “prática de lavagem de dinheiro feita com finalidades políticas”. Só que alguns parlamentares estariam articulando mudar o texto, para garantir anistia a quem comete esse tipo de crime.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Governador Wellington DiasGovernador Wellington Dias

“Eu compreendo que de um lado, não tem sentido regulamentar como crime caixa 2. Pois o nome já diz, uma coisa lá atrás era dinheiro que as empresas passavam oficialmente para as despesas de campanha. Era a lei que assegurava. Agora, gente que recebeu o dinheiro, e foi para ele. Isso daí é crime, apropriação indébita, enriquecimento ilícito. A minha posição é que não se pode ter qualquer abertura a crimes como esse.  Do outro lado, acho que tem que se separar o que é dinheiro para campanha, que seja prestado contas na forma da lei, separar aquilo que foi enriquecimento de pessoas na campanha eleitoral”, disse.  

Ele ainda defendeu que a punição seja aplicada da mesma forma em caso de condenação.  “Não tem sentido dois pesos e medidas diferentes. Se a pena para um é prisão inafiançável e dez anos de cadeia, como é que para outro é apenas dez dias?. Quando se cometem crimes, a penalidade é um só. Acho que nesse ponto, isso não é correto”, destacou.

Para o governador o texto possui pontos positivos que vão fazer o Brasil avançar. “Tirando essa parte de caixa 2 que ainda está em debate na Câmara, acho que a outra parte do texto aprovado está boa e garante um texto que assegura avanços, mas acho que ainda pode ser melhorado na Câmara”, finalizou.

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