O executivo Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez disse em novo depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (17), que a campanha à reeleição de Dilma Rousseff e Michel Temer não recebeu propina da empreiteira.
O executivo apresentou uma nova versão dos fatos e afirmou que a contribuição de R$ 1 milhão feita ao diretório do PMDB foi voluntária, sem nenhuma origem irregular. De acordo com o Estadão, Azevedo foi intimado a prestar um novo depoimento no processo do TSE que apura se o dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras abasteceu a chapa eleita em 2014.
Em setembro deste ano, Azevedo havia afirmado que a campanha de Dilma e Temer recebeu do Diretório Nacional do PT o valor de R$ 1 milhão, tendo a Andrade Gutierrez como a doadora. O dinheiro, segundo seu depoimento, teria origem ilícita, oriundo de desvios de contratos firmados entre a empresa e o governo federal.
- Foto: FramePhoto/Estadão ConteúdoTemer e Dilma
A defesa de Dilma, apresentou uma série de documentos ao TSE que mostram que Temer foi beneficiário de uma doação de R$ 1 milhão feita pela empresa, por isso o relator do processo, ministro Herman Benjamin, decidiu ouvir o executivo novamente. “Otávio Azevedo fez uma retratação, ou seja, ele reconheceu claramente que não existiu nenhuma propina e nenhuma irregularidade na campanha presidencial de Dilma Rousseff e Michel Temer. Portanto, ele se retratou perante a Justiça Eleitoral”, disse o advogado Flávio Caetano, defensor de Dilma.
O advogado de Temer, Gustavo Guedes, ressaltou que houve uma retificação do executivo no novo depoimento. “O que ele havia dito é que R$ 1 milhão teriam ido para a campanha e que eram fruto de propina. Portanto retificou para dizer que não houve nenhum valor da Andrade Gutierrez, apenas doações legais. Nem para Dilma nem para o PMDB, nem para a chapa. A afirmação dele é que não houve dinheiro oriundo da Petrobrás doado diretamente à campanha Dilma/Temer”,disse.
Ver todos os comentários | 0 |