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Política

Eduardo Cunha pressionou Baiano por propina de Júlio Camargo

A revelação veio no depoimento do lobista.

Em depoimento por meio de delação premiada, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha falou que estava precisando arrumar dinheiro para a campanha. O pedido fez com que o executivo Júlio Camargo pagasse pelo menos R$ 5 milhões em propina para o deputado.

Imagem: DivulgaçãoEduardo Cunha e Fernando Baiano(Imagem:Divulgação)Eduardo Cunha e Fernando Baiano

Segundo a Folha de São Paulo, as conversas teriam ocorrido entre 2010 e 2011. O delator ainda contou que o peemedebista aceitou pressionar Camargo para que ele pagasse propinas em atraso em torno da compra pela Petrobras de navios-sondas para estatal.

Em 2012, Cunha havia voltado a dizer que precisava de dinheiro para a campanha das eleições do mesmo ano. O peemedebista voltou a pressionar Baiano para que ele conseguisse o dinheiro de Júlio Camargo que estava em atraso. O executivo pagou R$ 5 milhões para o deputado.

Ameaças

Em depoimentos prestados para investigadores da Operação Lava Jato, os empresários Milton e Salim Schahin informaram que foram ameaçados de morte por Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Os dois empresários, que são irmãos, contaram que foram alvo de ameaças varias vezes.

Os irmãos disseram que estavam com medo de esclarecer as informações por temer represarias. As ameaças chegavam por telefone ou mensagens. Boletins de ocorrências chegaram a ser entregues pelos empresários aos investigadores da Operação.

Sigilo


A quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), da mulher Claudia Cruz e da filha, Danielle Dytz da Cunha, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Teori Zavascki. Parte dos dados já foram enviados a Receita Federal e investigadores da Lava Jato.

A autorização veio do pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A análise vai acontecer no período de 2005 a 2014. Além da família de Cunha, outras três empresas ligada ao deputado também terão os sigilos quebrados.

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