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Política

PF investiga corrupção no Ministério do Desenvolvimento

Conversas interceptadas na Operação Acrônico, indicam que o grupo automotivo CAOA, pagou propina a empresário ligado ao ex-ministro da pasta.

A Polícia Federal está investigando um suposto esquema de venda de portarias do governo para o favorecimento de empresas do setor automotivo. De acordo com os investigadores, conversas interceptadas na Operação Acrônico, indicam que o grupo automotivo CAOA, pagou propina a empresário ligado ao ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDCI), Fernando Pimentel (PT). O petista é o atual governador de Minas Gerais.

De acordo com o Estadão, o grupo que produz veículos da Hyundai, também é suspeito de negociar pagamento de propina para que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovasse a Medida Provisória 471, na qual prorrogou incentivos fiscais de montadoras que fabricam veículos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Imagem: Ed Ferreira/EstadãoGovernandor de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT)(Imagem:Ed Ferreira/Estadão)Governandor de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT)

Nas investigações, a polícia acredita que o governador de Minas Gerais participou ativamente das negociações dos ajustes que ocorreram na gestão de Mauro Borges, que atualmente ocupa a presidência da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e é sucessor do petista no ministério.

Investigações na CAOA

A Polícia investiga corrupção em outras duas Medidas Provisória: a 512/2010 para resolver questões tributarias; e a 638/2014, que firmou o Programa de Incentivo a Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar Auto).

As suspeitas de envolvimento das MPs no esquema de corrupção foram detectadas nas duas operações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, a Acrônimo e Zelotes.

Envolvidos


Nas mensagens obtidas pela Policia, a CAOA pediu para Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, amigo e colaborador de campanha de Pimentel para obter a renovação de um ato. Em outras conversas interceptadas, mostram Bené e Borges firmando acordos para viabilizar a portaria.

Duas empresas de Bené, que seriam de fachada, receberam cerca de R$2 milhões em dezembro de 2013 e junho de 2014. A polícia Federal acredita que o dinheiro pode ter sido pago com propina.

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