Em meio ao silêncio da direção do PSB sobre o embate com o PT, coube ao ex-ministro Ciro Gomes atacar a gula do aliado, que rompeu a aliança com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), e lançou Patrus Ananias na disputa. "O PT quer vassalagem. Eles só conhecem o ‘Vem a nós’. Querem destruir o PDT, como estão fazendo com o PC do B. Mas, com o PSB, não vão fazer", criticou Ciro, para quem nem o PT nem o PSDB do senador Aécio Neves (MG) pensaram nos interesses de Belo Horizonte ao esticarem a corda até o ponto de os petistas deixarem a coligação.
"Ao contrário do que o PT pensa, aliança não é para liquidar o companheiro. O que mais querem de mim além de terem aniquilado minha vida pública?", indagou, ao lembrar que o PSB abriu mão de sua candidatura a presidente para apoiar o PT de Dilma Rousseff.
O PT deve se preocupar com o projeto de poder do PSB?
Temos muita lucidez. Tanto que eu próprio fui sacrificado. Eu era o quadro mais experiente e o mais qualificado das possibilidades de candidatura na eleição passada. Estava em segundo lugar nas pesquisas e o partido retirou minha candidatura para apoiar a candidata Dilma. Se o PT não entender isso, é porque a goela do PT ficou maior que a cabeça.
O ex-ministro José Dirceu disse que o rompimento da aliança PT-PSB em Recife, Fortaleza e Belo Horizonte ameaça a aliança nacional, tendo em vista a reeleição de Dilma. O sr. concorda?
Quem quer pegar galinha não diz xô. É preciso falar claro para todo mundo entender. Nós permanecemos aliados e entendemos que o que está em marcha é a eleição municipal. Na eleição presidencial passada o PSB fez um sacrifício e não participou. Ao contrário do que o PT pensa, aliança não é para liquidar o companheiro.
O PT não é bom parceiro?
O PT quer vassalagem. Eles só conhecem o ‘Vem a nós’. Querem destruir o PDT, como estão fazendo com o PC do B. Mas, com o PSB, não vão fazer. O que mais querem de mim além de terem aniquilado minha vida pública?
Na semana passada o sr. e o prefeito Marcio Lacerda tiveram um encontro reservado em Brasília, na casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), para tratar da eleição em Belo Horizonte. Como foi a conversa?
O prefeito me pediu para acompanhá-lo nesta conversa, da qual saí muito mal impressionado com o Aécio. Ele não pode brigar por coligação de vereador em Belo Horizonte. Grande parte da opinião brasileira dá a ele a possibilidade de ser um quadro nacional. Se ele tem essa missão histórica no futuro, não pode ficar cuidando de aliança de vereador e botando a faca no pescoço de aliados como eu, que sempre fui aliado incondicional dele.
Mas Lacerda também não queria reeleger petistas que fazem oposição a ele na Câmara, e os vereadores do PSB ameaçaram renunciar se houvesse coligação.
Poderíamos sacrificar alguns companheiros porque temos o candidato majoritário e uma administração extremamente bem avaliada e apoiada, em sua origem, por PT e PSDB. Quem rompeu foi o PT, mas os dois esticaram a corda e Aécio também apequenou-se nesse processo. Nem o PT de BH nem o Aécio pensaram nos interesses de Belo Horizonte. Só pensaram nessa queda de braço mesquinha e extemporânea. Mas falo por mim. Ele (Lacerda) com certeza não concorda com o que estou dizendo.
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"Ao contrário do que o PT pensa, aliança não é para liquidar o companheiro. O que mais querem de mim além de terem aniquilado minha vida pública?", indagou, ao lembrar que o PSB abriu mão de sua candidatura a presidente para apoiar o PT de Dilma Rousseff.
O PT deve se preocupar com o projeto de poder do PSB?
Temos muita lucidez. Tanto que eu próprio fui sacrificado. Eu era o quadro mais experiente e o mais qualificado das possibilidades de candidatura na eleição passada. Estava em segundo lugar nas pesquisas e o partido retirou minha candidatura para apoiar a candidata Dilma. Se o PT não entender isso, é porque a goela do PT ficou maior que a cabeça.
O ex-ministro José Dirceu disse que o rompimento da aliança PT-PSB em Recife, Fortaleza e Belo Horizonte ameaça a aliança nacional, tendo em vista a reeleição de Dilma. O sr. concorda?
Quem quer pegar galinha não diz xô. É preciso falar claro para todo mundo entender. Nós permanecemos aliados e entendemos que o que está em marcha é a eleição municipal. Na eleição presidencial passada o PSB fez um sacrifício e não participou. Ao contrário do que o PT pensa, aliança não é para liquidar o companheiro.
O PT não é bom parceiro?
O PT quer vassalagem. Eles só conhecem o ‘Vem a nós’. Querem destruir o PDT, como estão fazendo com o PC do B. Mas, com o PSB, não vão fazer. O que mais querem de mim além de terem aniquilado minha vida pública?
Na semana passada o sr. e o prefeito Marcio Lacerda tiveram um encontro reservado em Brasília, na casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), para tratar da eleição em Belo Horizonte. Como foi a conversa?
O prefeito me pediu para acompanhá-lo nesta conversa, da qual saí muito mal impressionado com o Aécio. Ele não pode brigar por coligação de vereador em Belo Horizonte. Grande parte da opinião brasileira dá a ele a possibilidade de ser um quadro nacional. Se ele tem essa missão histórica no futuro, não pode ficar cuidando de aliança de vereador e botando a faca no pescoço de aliados como eu, que sempre fui aliado incondicional dele.
Mas Lacerda também não queria reeleger petistas que fazem oposição a ele na Câmara, e os vereadores do PSB ameaçaram renunciar se houvesse coligação.
Poderíamos sacrificar alguns companheiros porque temos o candidato majoritário e uma administração extremamente bem avaliada e apoiada, em sua origem, por PT e PSDB. Quem rompeu foi o PT, mas os dois esticaram a corda e Aécio também apequenou-se nesse processo. Nem o PT de BH nem o Aécio pensaram nos interesses de Belo Horizonte. Só pensaram nessa queda de braço mesquinha e extemporânea. Mas falo por mim. Ele (Lacerda) com certeza não concorda com o que estou dizendo.
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