A escolha do ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider (PSD) como candidato a vice-prefeito de José Serra (PSDB) deflagrou um embate entre tucanos ligados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o grupo serrista. Um dia após o anúncio da vice, alckmistas fustigaram a escolha de Schneider e voltaram a atacar a chapa única para eleição de vereadores, apelidada de "chapão".
O grupo que apoia o governador esperava ser contemplado com a indicação da vice, depois de ter perdido o embate que decidiu que o PSDB formaria aliança com outros partidos na chapa proporcional. Os alckmistas defendiam voo solo por avaliar que, coligado em uma chapa tão grande, o PSDB tende a perder cadeiras na Câmara Municipal.
O assessor especial de Alckmin Fábio Lepique atacou pelo Twitter o líder do PSDB na Câmara, vereador Floriano Pesaro, e membros da Executiva do partido, pelas decisões anunciadas. "O @Floriano45 e os membros do diretório que votaram a favor do "chapão" prestaram um desserviço ao PSDB. E nem a vice levamos!". Ao Estado, desabafou: "Perdemos tudo."
José Aníbal, secretário estadual de Energia, protestou contra a indicação de Schneider. "Vai na direção contrária ao que queria a militância da capital".
Pesaro, um dos principais articuladores de Serra no processo eleitoral, afirmou haver "uma estratégia de desestabilizar a campanha do Serra", e tentou desqualificar as críticas. "Essa questão do Fábio (Lepique) é de uma falsidade moral sem precedentes. E a palavra do José Aníbal é a de alguém que foi derrotado nas prévias e age de forma isolada."
Passado. A escolha de Schneider reavivou ressentimentos oriundos da eleição de 2008, quando Serra apoiou a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e Alckmin se lançou candidato, estabelecendo um racha no partido. À época, tucanos que integravam a gestão Kassab, como Andrea Matarazzo, optaram pela neutralidade. Schneider, contudo, apoiou o prefeito.
Desde então, este recebe sinais de Kassab de que poderia ser seu sucessor. Em 2011, ele trocou o PSDB pelo PSD. Sua entrada na vice desperta o os ciúmes de tucanos que alimentam desejo de suceder Serra e Alckmin na capital e creem que Schneider "furou a fila" da sucessão.
A desconfiança do grupo alckmista em relação ao vice de Serra se estende também a Kassab, que coligou seu PSD ao PT em diversas cidades do Estado e, nacionalmente, sinaliza um alinhamento com o governo federal. Ele é visto como potencial adversário de Alckmin em 2014.
Chapão. O "chapão" na proporcional fez o presidente do PSDB da Mooca, Eduardo Odloak, desistir de concorrer a vereador. Em texto, Odloak afirmou que a coligação "diminuiu as chances de renovação". Segundo ele, o PSDB deve eleger apenas metade dos 13 vereadores de 2008. "Um mau negócio", diz Lepique. Pesaro defendeu a decisão: "É importante para eleger o Serra."
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O grupo que apoia o governador esperava ser contemplado com a indicação da vice, depois de ter perdido o embate que decidiu que o PSDB formaria aliança com outros partidos na chapa proporcional. Os alckmistas defendiam voo solo por avaliar que, coligado em uma chapa tão grande, o PSDB tende a perder cadeiras na Câmara Municipal.
O assessor especial de Alckmin Fábio Lepique atacou pelo Twitter o líder do PSDB na Câmara, vereador Floriano Pesaro, e membros da Executiva do partido, pelas decisões anunciadas. "O @Floriano45 e os membros do diretório que votaram a favor do "chapão" prestaram um desserviço ao PSDB. E nem a vice levamos!". Ao Estado, desabafou: "Perdemos tudo."
José Aníbal, secretário estadual de Energia, protestou contra a indicação de Schneider. "Vai na direção contrária ao que queria a militância da capital".
Pesaro, um dos principais articuladores de Serra no processo eleitoral, afirmou haver "uma estratégia de desestabilizar a campanha do Serra", e tentou desqualificar as críticas. "Essa questão do Fábio (Lepique) é de uma falsidade moral sem precedentes. E a palavra do José Aníbal é a de alguém que foi derrotado nas prévias e age de forma isolada."
Passado. A escolha de Schneider reavivou ressentimentos oriundos da eleição de 2008, quando Serra apoiou a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e Alckmin se lançou candidato, estabelecendo um racha no partido. À época, tucanos que integravam a gestão Kassab, como Andrea Matarazzo, optaram pela neutralidade. Schneider, contudo, apoiou o prefeito.
Desde então, este recebe sinais de Kassab de que poderia ser seu sucessor. Em 2011, ele trocou o PSDB pelo PSD. Sua entrada na vice desperta o os ciúmes de tucanos que alimentam desejo de suceder Serra e Alckmin na capital e creem que Schneider "furou a fila" da sucessão.
A desconfiança do grupo alckmista em relação ao vice de Serra se estende também a Kassab, que coligou seu PSD ao PT em diversas cidades do Estado e, nacionalmente, sinaliza um alinhamento com o governo federal. Ele é visto como potencial adversário de Alckmin em 2014.
Chapão. O "chapão" na proporcional fez o presidente do PSDB da Mooca, Eduardo Odloak, desistir de concorrer a vereador. Em texto, Odloak afirmou que a coligação "diminuiu as chances de renovação". Segundo ele, o PSDB deve eleger apenas metade dos 13 vereadores de 2008. "Um mau negócio", diz Lepique. Pesaro defendeu a decisão: "É importante para eleger o Serra."
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