Se suas declarações de bens estiverem corretas, os políticos do PSDB que disputam as eleições municipais de 2012 são, na média, os mais ricos do país. Seus cerca de 36 mil candidatos têm um patrimônio somado de R$ 7 bilhões, ou R$ 196 mil por candidato. Essa taxa per capita dos tucanos é 46% mais alta do que a média geral de todos os partidos. É também 57% maior na comparação com os bens declarados pelos seus rivais do PT.
O que puxa a média dos tucanos para cima é o patrimônio declarado por seus candidatos a vereador. Ele totaliza R$ 5 bilhões, ou R$ 152 mil por candidato, o que é 47% maior do que a média geral. Porém esse número pode estar artificialmente inflado por erros nas declarações de bens de alguns tucanos. Isso não acontece entre os candidatos a prefeito do partido, e o seu patrimônio médio fica apenas 10% acima do dos outros partidos.
O mais “rico” candidato a vereador pelo PSDB é o pastor Waldeci Ferreira, da Assembleia de Deus, que tenta voltar a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia (GO). Ele declarou à Justiça eleitoral que sua fazenda de 40 alqueires em Morro Agudo de Goiás vale R$ 600 milhões. Seria o hectare de terra mais caro do Brasil, talvez do mundo: R$ 6,2 milhões.
Assim como o pastor Waldeci, pelo menos outros quatro candidatos a vereador tucanos parecem ter digitado três zeros a mais em um de seus bens, elevando seu valor às centenas de milhões. São casas, sítios, apartamentos e terrenos que, segundo as declarações, valeriam até R$ 500 milhões cada um.
Se fossem excluídos os zeros adicionais da conta, a riqueza dos candidatos tucanos a vereador cairia à média dos outros partidos. Mas eventuais correções só podem ser feitas pelos próprios candidatos, e devem ser formalizadas junto a um cartório eleitoral. Enquanto isso, vale o que está registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
Os possíveis zeros a mais no valor de bens declarados não são exclusividade do PSDB. Candidatos a vereador do PMDB, PSL, PV, PTB, PC do B, PSB, PDT e PT parecem também ter se confundido ao preencer as declarações para o TSE. Outro pastor, este do PPS, declarou uma kombi por R$ 199 milhões. São tantos erros aparentes que, acertadas as contas, o PSDB poderia até voltar ao topo do ranking da riqueza por candidato.
As declarações de bens dos candidatos a prefeito são menos exageradas. Examinando-se o patrimônio dos mais ricos é menos comum encontrar valores estranhamente altos -apenas três ou quatro fogem escandalosamente à média, e nenhum deles é tucano. Entre os que disputam prefeituras, há mais erros aparentes (para cima) em declarações de petistas. Como o apartamento de R$ 586 milhões do candidato a prefeito de Verdejante (PE).
O PDT é o partido com a mais alta média de patrimônio de candidatos a prefeito: R$ 1,314 milhão por cabeça. Ela é puxada para cima por um candidato apenas, Otaviano Pivetta, um dos dois Pivettas que concorrem à Prefeitura de Lucas do Rio Verde (MT). Os R$ 321 milhões declarados pelo empresário do agronegócio não são miragem estatística. Excluídas as aberrações, ele é o mais rico dos 464.658 candidatos que aparecerão nas urnas em outubro.
O PP aparece em segundo lugar no ranking partidário dos patrimônios dos candidatos a prefeito, com média de R$ 1,266 milhão. Mas, ao contrário do PDT, essa taxa é inflacionada por um possível erro de declaração. Concorrente à Prefeitura de Vitória do Xingu (PA), Sebastião Pretinho Ferreira da Silva declarou que sua fazenda de 1 mil hectares vale R$ 500 milhões -menos de 1/10 do valor do hectare do Pastor Waldeci, mas ainda assim, um hectare muito caro.
O PSDB é o terceiro colocado no ranking da riqueza dos prefeitos, com média de R$ 888 mil. É 11% maior do que a do PT. Mas nenhum tucano parece ter errado na conta, pelo menos na casa dos milhões. Os R$ 86 milhões de Jales Fontoura (Goianésia-GO) e os R$ 60 milhões de João Andrade (Pitangueiras-SP) são oriundos de participações em grandes empresas. Em compensação, dois petistas parecem ter acrescido zeros a seus bens.
Mesmo assim, o patrimônio declarado dos tucanos cresceu proporcionalmente mais do que o dos petistas nos últimos quatro anos. Em comparação à eleição de prefeitos de 2008, a média do PSDB aumentou 16% acima da inflação, enquanto a do PT cresceu 9% além do INPC do período. Nada menos do que 18 candidatos a prefeito do PSDB têm patrimônio declarado superior a R$ 10 milhões, contra 7 do PT -dois quais dois parecem conter erros.
O que puxa a média dos tucanos para cima é o patrimônio declarado por seus candidatos a vereador. Ele totaliza R$ 5 bilhões, ou R$ 152 mil por candidato, o que é 47% maior do que a média geral. Porém esse número pode estar artificialmente inflado por erros nas declarações de bens de alguns tucanos. Isso não acontece entre os candidatos a prefeito do partido, e o seu patrimônio médio fica apenas 10% acima do dos outros partidos.
O mais “rico” candidato a vereador pelo PSDB é o pastor Waldeci Ferreira, da Assembleia de Deus, que tenta voltar a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia (GO). Ele declarou à Justiça eleitoral que sua fazenda de 40 alqueires em Morro Agudo de Goiás vale R$ 600 milhões. Seria o hectare de terra mais caro do Brasil, talvez do mundo: R$ 6,2 milhões.
Assim como o pastor Waldeci, pelo menos outros quatro candidatos a vereador tucanos parecem ter digitado três zeros a mais em um de seus bens, elevando seu valor às centenas de milhões. São casas, sítios, apartamentos e terrenos que, segundo as declarações, valeriam até R$ 500 milhões cada um.
Se fossem excluídos os zeros adicionais da conta, a riqueza dos candidatos tucanos a vereador cairia à média dos outros partidos. Mas eventuais correções só podem ser feitas pelos próprios candidatos, e devem ser formalizadas junto a um cartório eleitoral. Enquanto isso, vale o que está registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
Os possíveis zeros a mais no valor de bens declarados não são exclusividade do PSDB. Candidatos a vereador do PMDB, PSL, PV, PTB, PC do B, PSB, PDT e PT parecem também ter se confundido ao preencer as declarações para o TSE. Outro pastor, este do PPS, declarou uma kombi por R$ 199 milhões. São tantos erros aparentes que, acertadas as contas, o PSDB poderia até voltar ao topo do ranking da riqueza por candidato.
As declarações de bens dos candidatos a prefeito são menos exageradas. Examinando-se o patrimônio dos mais ricos é menos comum encontrar valores estranhamente altos -apenas três ou quatro fogem escandalosamente à média, e nenhum deles é tucano. Entre os que disputam prefeituras, há mais erros aparentes (para cima) em declarações de petistas. Como o apartamento de R$ 586 milhões do candidato a prefeito de Verdejante (PE).
O PDT é o partido com a mais alta média de patrimônio de candidatos a prefeito: R$ 1,314 milhão por cabeça. Ela é puxada para cima por um candidato apenas, Otaviano Pivetta, um dos dois Pivettas que concorrem à Prefeitura de Lucas do Rio Verde (MT). Os R$ 321 milhões declarados pelo empresário do agronegócio não são miragem estatística. Excluídas as aberrações, ele é o mais rico dos 464.658 candidatos que aparecerão nas urnas em outubro.
O PP aparece em segundo lugar no ranking partidário dos patrimônios dos candidatos a prefeito, com média de R$ 1,266 milhão. Mas, ao contrário do PDT, essa taxa é inflacionada por um possível erro de declaração. Concorrente à Prefeitura de Vitória do Xingu (PA), Sebastião Pretinho Ferreira da Silva declarou que sua fazenda de 1 mil hectares vale R$ 500 milhões -menos de 1/10 do valor do hectare do Pastor Waldeci, mas ainda assim, um hectare muito caro.
O PSDB é o terceiro colocado no ranking da riqueza dos prefeitos, com média de R$ 888 mil. É 11% maior do que a do PT. Mas nenhum tucano parece ter errado na conta, pelo menos na casa dos milhões. Os R$ 86 milhões de Jales Fontoura (Goianésia-GO) e os R$ 60 milhões de João Andrade (Pitangueiras-SP) são oriundos de participações em grandes empresas. Em compensação, dois petistas parecem ter acrescido zeros a seus bens.
Mesmo assim, o patrimônio declarado dos tucanos cresceu proporcionalmente mais do que o dos petistas nos últimos quatro anos. Em comparação à eleição de prefeitos de 2008, a média do PSDB aumentou 16% acima da inflação, enquanto a do PT cresceu 9% além do INPC do período. Nada menos do que 18 candidatos a prefeito do PSDB têm patrimônio declarado superior a R$ 10 milhões, contra 7 do PT -dois quais dois parecem conter erros.
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