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"O deputado viaja pelo mundo e não conhece a realidado do Piauí", dispara Dalton Macambira

"A SEMAR talvez seja o órgão mais fiscalizado do Piauí, seja pela sociedade civil ou pelo Ministério Público", afirmou o secretário estadual do Meio Ambiente

Na tarde desta terça-feira (7) o Portal GP1 publicou matéria em que o deputado federal Paes Landim critica o secretário estadual do Meio Ambiente, Dalton Macambira e o acusa de permitir desmatamentos no cerrado e na caatinga.

Imagem: ReproduçãoDeputado Federal Paes Landim(Imagem:Reprodução)Deputado Federal Paes Landim

Sobre a matéria o secretário enviou a nossa redação uma nota de esclarecimento. "O deputado Paes Landin, como viaja muito pelo mundo, deve está desinformado sobre a realidade do Piauí. A Rede Globo produziu uma matéria, citada pelo parlamentar, que não obedeceu à ética jornalística, pois não ouviu a outra parte, pois não fomos procurados para mostrar a realidade dos fatos", diz trecho da nota.

Veja nota na integra abaixo

Senhor editor do Portal GP1,

A propósito da matéria intitulada "Secretário Dalton Macambira é acusado de ter permitido desmatamento no cerrado e caatinga", publicada hoje (07/06/11) em vosso portal, como chamada principal, gostaria de fazer os seguintes esclarecimentos:

O deputado Paes Landin, como viaja muito pelo mundo, deve está desinformado sobre a realidade do Piauí. A Rede Globo produziu uma matéria, citada pelo parlamentar, que não obedeceu à ética jornalística, pois não ouviu a outra parte, pois não fomos procurados para mostrar a realidade dos fatos.

O nosso governo, desde 2003, defende o desenvolvimento sustentável, isto é, me refiro a promoção de programas e projetos que tenham como objetivo aquelas atividades que sejam economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente corretas.

A SEMAR talvez seja o órgão mais fiscalizado do Piauí, seja pela sociedade civil ou pelo Ministério Público. Mesmo assim nenhuma licença expedida por nós até o momento foi cassada pelo Poder Judiciário ou teve qualquer comprovação de vício ou desrespeito a legislação ambiental vigente. Nesses oito anos ocorreu apenas uma denúncia em um jornal local e nós mesmos fomos aos Ministérios Públicos Estadual e Federal solicitar a devida apuração.

Sobre a produção de biomassa, os dados mais recentes disponibilizados pelo IBGE, referem-se ao ano de 2009, indicam que os principais produtores do carvão obtido com material lenhoso da extração vegetal de origem nativa foram os Estados do Maranhão (28,9% da produção nacional), Mato Grosso do Sul (17,7%), Minas Gerais (17,2%), Bahia (8,7%) e Goiás (8,1%). O Estado do Piauí aparece em 8º lugar na lista dos produtores, no entanto em termos percentual, isto representa apenas 3,3% da produção nacional, estando atrás do MA, MS, MG, BA, GO, PA e MT.

Imagem: GoogleDalton Macambira, Secretário do Meio Ambiente do Piauí.(Imagem:Google)Dalton Macambira, Secretário do Meio Ambiente do Piauí

Sobre o processo de desertificação em Gilbués, mais uma vez o deputado revela desconhecer a realidade, provavelmente porque viaja o mundo em eventos sobre o tema, mas talvez nunca tenha ido ao município. Antes de 2003 nenhum governo tinha tomado qualquer atitude para enfrentar esse grave problema de degradação dos solos que teve inicio ainda nos anos de 1940 do século passado. Fomos nós que criamos o Núcleo de Pesquisa para Recuperação de Áreas Degradadas (NUPERADE) com o apoio de professores doutores da Universidade Federal do Piauí e de técnicos da EMBRAPA.

As pesquisas bem sucedidas já foram aplicadas em diversas propriedades da região, com ótimos resultados, cuja divulgação se deu em um livro publicado pelo Banco do Nordeste, lançado em uma Audiência Pública na assembléia Legislativa do Estado do Piauí, no dia 13 de abril próximo passado. Por esta razão, conseguimos aprovar mais três milhões de reais no PAC, através da CODEVASF, para darmos continuidade ao trabalho.

Sobre o cerrado do Piauí, mais uma vez o deputado revela desconhecer a realidade. Foi nosso Governo que mais se protegeu o bioma ao elevarmos a reserva legal de 20% para 30% (aumento de 50%) e mesmo sem o apoio na ex-ministra Marina Silva, iniciamos o zoneamento ecológico-econômico visando planejar melhor a ocupação do território para definir as áreas que são mais vocacionadas para a produção e as áreas que devem ser preservadas.

Como estamos na Semana do Meio Ambiente, sugiro ao deputado que consulte o sítio Faça sua parte (www.facasuaparte.net) ou mesmo a página da SEMAR na internet (www.semar.pi.gov.br) para ficar mais bem informado sobre o que Governo do Estado está fazendo em defesa do meio ambiente e do uso racional dos recursos naturais no Piauí.

Atenciosamente,

Dalton Melo Macambira – secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí


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