O governo brasileiro, junto a Colômbia, México e Chile, optaram por não assinar a declaração emitida pela Argentina e Estados Unidos, elaborada a fim de solicitar o encerramento da violência política e assédio contra a oposição e a sociedade civil, além da libertação de presos políticos na Venezuela.
Na solicitação é reforçado que os cidadãos venezuelanos possam expressar suas opiniões políticas pacificamente, sem medo de retaliação.
A carta também chama atenção para que o governo de Maduro inicie conversas que conduzam a uma transição pacífica para o próximo governo. “É essencial que os líderes venezuelanos comecem discussões construtivas e inclusivas para solucionar o impasse político e restabelecer pacificamente as instituições democráticas”.
Na sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova York, Diana Mondino, chanceler argentina, e o secretário dos Estados Unidos , Antony Blinken, lideraram a formulação do documento.
Em fala, o secretário dos EUA reforçou que é importante que os venezuelanos tenham seus direitos garantidos e respeitados. Já Diana Mondino destacou a crise na Venezuela que levou 7,8 milhões de pessoas migrarem, afetando diretamente os países vizinhos.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, descreveu o documento como “um acumulado de infâmias, distorções e aspirações golpistas”.
Em comunicado oficial, o governo da Venezuela acusou os Estados Unidos de liderar uma tentativa de isolamento do país. Caracas declarou que os EUA têm empregado medidas coercitivas ilegais e “ações terroristas” com a fim de desestabilizar o governo de Maduro