O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (11), por 10 votos a 2, a admissibilidade da representação do partido Novo contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ)., em que ele é acusado de quebra de decoro parlamentar.
O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator da representação, apresentou relatório pela admissibilidade do processo.
Glauber Braga foi denunciado por ter expulsado da Câmara, no dia 16 de abril, com empurrões e chutes, um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) que participava de uma manifestação na Casa.
Segundo a representação do partido Novo, o deputado do PSOL ameaçou chutar o militante para fora da Câmara caso ele entrasse novamente e, depois disso, quando ambos foram conduzidos pela Polícia Legislativa para prestar esclarecimentos, Glauber Braga chutou novamente o integrante do MBL.
A representação também cita ofensas e agressão de Glauber Braga ao deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que compareceu à sala da Polícia Legislativa para acompanhar o episódio.
Afastamento cautelar
Na reunião, o deputado Alexandre Leite (União Brasil-SP) anunciou que vai pedir a suspensão cautelar do mandato de Glauber Braga.
Deputado se defende
Presente na sessão do Conselho de Ética, Glauber Braga se defendeu das acusações. “Antes de ser deputado federal, eu sou um militante socialista. Se eu for afastado cautelarmente, vou continuar sendo um militante, agora, quem me acusa e quem trabalha pelo meu afastamento vai continuar sendo o que é. Uma mentira não pode substituir uma verdade”, disse o deputado do PSOL.