Com a possibilidade de reforma ministerial para os próximos dois anos do terceiro mandato do presidente Lula (PT), o ministro Wellington Dias (PT) entra novamente na mira e pode deixar o Ministério do Desenvolvimento Social, um dos principais da gestão, responsável pela administração do Bolsa Família e outros programas sociais. Essa mudança está condicionada à possível entrada de Gleisi Hoffmann , presidente nacional do PT, na pasta. A decisão, no entanto, depende da dirigente, que pode antecipar o fim de seu mandato no partido, o que tem gerado debates internos e expectativas sobre uma reforma no primeiro escalão do governo.
A substituição de Wellington Dias é vista como estratégica, uma vez que ele é cotado para assumir posições de articulação política no Congresso. Entre as opções, o senador licenciado poderia ocupar a liderança do governo no Congresso Nacional ou no Senado, cargos que hoje pertencem a Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jaques Wagner (PT-BA), respectivamente.
No entanto, a entrada de Gleisi no Desenvolvimento Social enfrenta resistência, principalmente porque ela teria de abreviar seu mandato como presidente do PT, que termina apenas em 2025.
Essa antecipação implicaria reorganizar o processo de sucessão no partido, o que já está em discussão no diretório nacional. Há quem defenda a transição da liderança para nomes como o do senador Humberto Costa (PT-PE), o que pode abrir caminho para a movimentação de Gleisi para o governo.
A permanência de Wellington no Ministério ou sua transição para outra função também é influenciada pela necessidade de acomodar partidos aliados e fortalecer a governabilidade. O Ministério do Desenvolvimento Social, por sua relevância, é considerado um espaço estratégico na composição política. A decisão final ainda depende de como os interesses do PT e dos aliados serão alinhados nos próximos meses.