O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), pastor evangélico que há dois anos fez um discurso chamando o presidente Lula (PT) de “ladrão” e “vagabundo”, participou de um evento com o chefe do executivo nessa terça-feira (15), onde cobriu o petista de elogios e destacou benefícios que os governos do PT sempre contemplaram a população evangélica.
Passados dois anos desse episódio, nessa terça (15) o deputado do MDB participou de uma solenidade no Palácio do Planalto ao lado do presidente, ocasião em que teceu elogios ao petista. O evento em questão foi a cerimônia de sanção da lei que institui o Dia Nacional da Música Gospel.
“O mesmo Deus, em um momento delicado da história do Brasil, lhe usou, presidente Lula, para manter a nossa liberdade religiosa, que era, à época, ameaçada. O senhor sancionou a Lei da Liberdade Religiosa no Brasil. Agora, é do seu governo, presidente Lula, que o projeto que cria o Dia Nacional da Música Gospel, é sancionado, virando lei nacional”, declarou o pastor.
O deputado ressaltou que a comunidade evangélica é uma das mais contempladas pelos programas dos governos petistas. “Talvez estejamos entre os brasileiros mais contemplados pelos programas sociais de seu governo, já que os mais pobres e necessitados, aos quais Jesus sempre dedicou a maior parte do seu tempo, formam a maioria esmagadora de nossos irmãos. Quero lhe agradecer, presidente, em nome de todos esses irmãos espalhados elo Brasil”, concluiu Otoni de Paula.
Críticas a Lula
Em outubro de 2022, Otoni de Paula fez um discurso duro contra Lula na tribuna da Câmara, rebatendo uma declaração do petista, que havia dito que a população deveria cobrar ações dos parlamentares nos seus endereços. O deputado disse que, no Rio de Janeiro, seu estado, “bandido” é recebido “na bala”. Veja o vídeo:
“O Lula ladrão tem agora um método para que esta casa se curve aos seus interesses: pegar os seus quadrilheiros e dar o endereço dos deputados, das casas dos senhores, para que os sindicalistas possam ir na nossa casa. Quero dizer para vagabundos igual a Lula: não atravesse a escola dos meus filhos, e nem pense em visitar minha esposa. Ir lá em casa, então, inimaginável, porque lá no Rio de Janeiro, a gente tem um método de tratar bandido, lá no Rio de janeiro é na bala”, disparou Otoni de Paula à época.