O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco , do PSD-MG, manifestou nesta sexta-feira, 22 de dezembro, seu apoio à possível reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. As declarações foram feitas durante um café da manhã com jornalistas, onde Pacheco realizou uma retrospectiva do ano.
“Nós (PSD) vamos apoiar uma candidatura do Lula (à reeleição) no futuro. Alexandre Silveira é ministro (de Minas e Energia). Ele tem uma afinidade com a gente. Se ele for candidato à reeleição ou tiver um candidato dele, é natural que vamos estar com ele”, declarou Pacheco.
No entanto, o presidente do Senado destacou que o fim da reeleição para cargos do Executivo a partir de 2030 é um "desejo muito forte dos senadores". Ele anunciou que a discussão sobre esse tema será uma das prioridades na agenda da Casa em 2024, incluindo audiências públicas para debater a questão.
“O fim da reeleição é algo que é um desejo muito forte dos senadores, nós vamos fazer audiências públicas, debater isso”, declarou o político mineiro.
Pacheco confirmou sua presença no ato convocado por Lula para lembrar um ano dos eventos de 8 de janeiro. Ele enfatizou o papel do Congresso Nacional na contenção e repúdio desses acontecimentos e ressaltou a importância da Lei do Estado Democrático de Direito, concebida no Legislativo, que revogou a Lei de Segurança Nacional e incluiu no Código Penal tipos penais para punir os responsáveis.
Quanto à sua possível candidatura ao governo de Minas Gerais, Pacheco explicou que avaliará a questão "lá na frente". Ele também abordou a situação da base do governo, descrevendo-a como "bem apertada". As votações recentes, como a aprovação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a reforma tributária, evidenciaram a fragmentação da base governista. A indicação do ministro da Justiça para a Suprema Corte teve 47 votos a favor e 31 contra, enquanto a reforma tributária foi aprovada com uma margem estreita de 53 votos a 24, apenas quatro acima do necessário para uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).
Pacheco destacou que a base do governo está "fragmentada" e salientou ter abordado essa questão anteriormente, assim como o presidente Lula. A análise do presidente do Senado sobre a conjuntura política reflete as nuances e desafios que podem moldar o cenário eleitoral e legislativo nos próximos anos no Brasil.