Ministro da Justiça é processado por acusar PM de chacina

O policial militar Douglas de Medeiros entrou com um processo contra o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no qual pede uma indenização de R$ 60 mil por danos morais. Em 2015, o policial foi preso por suspeita de comandar uma chacina de quatro jovens em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

O crime ocorreu em setembro do ano passado em frente a uma pizzaria. Cinco dias depois, o soldado Douglas foi apontado como o responsável pelas mortes e foi preso. Após sete meses, o policial foi liberado e o caso foi arquivado por falta de provas.

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De acordo com o G1, o processo contra o ministro ocorre devido às acusações feitas por Alexandre de Moraes contra Douglas de Machado na época da chacina. Na época, Moraes era secretário de Segurança Pública de São Paulo e deu entrevista dizendo que o PM comandou a chacina porque um dos rapazes havia roubado e batido na mulher dele.

• Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoAlexandre de Moraes

“A bolsa da mulher foi encontrada com os pertences das vítimas. E o policial, lamentavelmente, ao querer se vingar, ao invés de comunicar à polícia para que realizasse as prisões, acabou praticando esses crimes", disse Alexandre na época.

Para a defesa do policial, a acusação feita por Moraes prejudicou a vida pessoal do soldado.“Houve a necessidade que ele deixasse a casa dele, a família dele para reconstruir num local onde ele pudesse deixar pra trás todas essas ofensas. Nós acreditamos na necessidade, no efeito pedagógico da ação, para que as autoridades daqui por diante tenham uma conduta mais cautelosa ao proferir declarações que, posteriormente, geram repercussões devastadoras na vida das pessoas”, disse a advogada do policial, Flávia Artilheiro.

A assessoria de imprensa de Alexandre Moraes informou que “o ministro não tem conhecimento formal da denúncia e que, por isso, não vai comentar”.