A greve dos professores de universidades, institutos e centro de educação tecnológicas federais em todo o Brasil chegou a duas semanas sem previsão de retorno das atividades. No Piauí, milhares de estudantes do Instituto Federal (IFPI) estão sendo afetados pela paralisação.
As principais reivindicações da categoria são a recomposição salarial, a reestruturação da carreira e o “revogaço” de algumas medidas para a educação. Segundo a representação sindical, a paralisação é consequência da falta de avanço nas tentativas de negociação com o Governo Lula sobre as pautas centrais da categoria.
Em nota, a gestão do IFPI disse que reconhece “a legitimidade e a legalidade do movimento de greve ao tempo que corrobora com a pauta de reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras no sentido de termos uma educação pública, gratuita e de qualidade".
O Instituto ainda reafirmou que "espera que as negociações entre o governo e os sindicatos evoluam o mais rápido possível, e ambos encontrem uma solução que contemple a pauta de reivindicações dos trabalhadores permitindo um retorno breve das atividades escolares”, diz trecho da nota.
Andifes
O momento paredista conta com o apoio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que desde dezembro reclamou que as universidades receberam verbas “insuficientes”. Somente em 2024, o Ministério da Educação e a pasta da Ciência e Tecnologia perderam cerca de 280 milhões de reais.
Conif
O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – Conif – também declarou apoio ao movimento grevista. “O Pleno do CONIF considera as pautas de reivindicação como absolutamente legítimas, tendo em vista a necessidade de reestruturação de suas carreiras, as perdas salariais acumuladas nos últimos sete anos e a recomposição do orçamento das instituições”.
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