O empresário e fazendeiro bilionário Ricardo Castellar de Faria, dono da Granja Faria, está sendo alvo do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Piauí pela segunda vez, em inquérito que investiga denúncias de supostas irregularidades trabalhistas. A portaria foi instaurada pela procuradora do Trabalho Jeane Carvalho de Araújo Colares, no último dia 21 de setembro. Faria é proprietário da Fazenda Ipê, com 35 mil hectares, localizada no município de Baixa Grande do Ribeiro.
Ao abrir a investigação, a procuradora considerou a legitimidade do Ministério Público do Trabalho para instaurar inquérito civil e ajuizar ação civil pública em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais constitucionalmente garantidos no âmbito das relações de trabalho.
A investigação visa apurar denúncias relacionadas a jornada de trabalho de funcionários, ausência de descanso semanal e também averiguar os pagamentos das remunerações e benefícios dos colaboradores, como horas extras.
Alvo de outra investigação
Em abril deste ano, a procuradora Jeane Carvalho de Araújo Colares já tinha determinado abertura de inquérito contra Ricardo Faria. A investigação tinha como objetivo apurar a extinção de contratos individuais de trabalho e de pagamentos e denúncias trabalhistas de atrasos ou falta de pagamento das verbas rescisórias, bem como irregularidades relacionadas a remuneração e benefícios dos trabalhadores.
Faturamento bilionário
Segundo a revista Forbes, a Granja Faria anunciou em junho a compra da Katayama Alimentos, de Gilson Katayama, com sede em Guararapes (SP). Com isso, o empresário Ricardo Faria pode encerrar 2023 com uma receita líquida de R$ 2,6 bilhões a R$ 3 bilhões.
Já a produção de ovos da companhia, deve passar de 13 milhões para 16 milhões de unidades por dia.
Outro lado
O empresário Ricardo Castellar de Faria não foi localizado pelo GP1. O espaço está aberto para esclarecimentos.
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