Devido a escassez de insumos/kits no mercado, nacional e internacional, para a realização do teste para o diagnóstico de arboviroses, o Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI) teve que estabelecer os grupos prioritários, que serão testados, até a normalidade do fornecimento por parte do Ministério da Saúde.
O Lacen-PI vai está encaminhando um documento às unidades de saúde, onde são feitas as retiradas das amostradas, que estabelecerá as prioridades para análise das amostras coletadas. Serão priorizados pacientes hospitalizados com sintomas graves, gestantes ou óbitos supostamente causados pela doença.
“O Ministério da Saúde realiza a compra desses kits, que são utilizados nos exames para diagnosticar as arboviroses, porém devido a falta desses materiais no mercado, por causa da guerra na Ucrânia e crise na Ásia. Assim mesmo que as secretarias estaduais realizassem as compras não teriam como adquirir tais insumos, pois há falta de fornecedores. Então foi solicitado aos Lacens, de todo Brasil, que adotem critério para análise das amostras”, explicou o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães.
De acordo com a nota emitida pelo Comitê Gestor de Recursos Laboratoriais (CGLab), o problema atual é passado por todas as empresas fornecedoras dos kits, tendo em vista a crise sanitária crescente na Ásia, bem como a guerra na Ucrânia que afetou todo o cenário mundial, não nos restando muitas alternativas. “O Ministério da Saúde comunicou aos laboratórios que até a primeira quinzena do mês de maio enviará uma nova remessa dos kits, porém até a normalização da situação são necessários manter os critérios de análises”, disse Herlon Guimarães.
A alta demanda, após o crescimento de 610% do número de casos de dengue e 4.179,3% do número de pessoas com Chikungunya no Piauí este ano, também influenciou na utilização dos kits, que estavam disponíveis no laboratório, que está realizando em média 864 testes para diagnóstico das arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya).
“Nesse momento de fragilidade, devemos utilizar critérios mais específicos para direcionar os casos notificados para diagnóstico laboratorial. E nossas equipes de saúde estão programadas para diagnosticar de forma clínica a sintomatologia, e se houver a necessidade de exames para diagnosticar outras formas da doença, existem outros marcadores de forma bioquímica, que nossos profissionais médicos estão já acostumados a solicitar”, lembrou o superintendente.
Para ajudar a rede básica de saúde na coleta precisa dos exames, que trazem o diagnóstico das arboviroses, a Secretaria de Estado da Saúde, através do Lacen-Pi vai realizar capacitação com os profissionais sobre todas as etapas do processo. “Estamos nos preparando esta capacitação para que os profissionais de saúde da ponta, possam está fazendo a retirada do material de forma precisa e no tempo correto e assim obtermos um diagnóstico preciso das doenças”, destacou Herlon Guimarães.
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