O governador Wellington Dias (PT-PI) visitou as obras de reforma da Casa do Cantador em Teresina, na manhã desta sexta-feira (04). Ao lado do presidente do espaço, Pedro Mendes, o chefe do Palácio da Cidade ressaltou o apoio irrestrito do empresário João Claudino Fernandes, falecido há dois anos.
Wellington Dias informou que serão investidos cerca de R$ 200 mil aplicados em bibliotecas e alojamentos para abrigar pessoas que vierem de outros lugares. “Temos a presença do Grupo Claudino, o Seu Claudino teve aqui junto com os cantadores, cerca de 40 anos, essa iniciativa da Casa do Cantador. A gente tem o festival anual, e ao mesmo tempo a organização com cantadores de vários municípios, e integrado com o Nordeste, integrado com o Brasil e integrado com o mundo. Estou sugerindo que a gente tenha vinculação para uma Escola de Repente, para aprimorar novas gerações”, disse o governador.
“Também vai funcionar como uma academia, já é um centro de pesquisa, um centro de visitação para estudantes, já é também o trabalho de uma integração com as escolas, e isso pode também ampliar ainda mais. Inicialmente aqui cerca de 200 mil reais voltados aqui para biblioteca, para a parte de alojamentos, separando a parte da casa com essa parte de alojamentos”, disse Wellington Dias.
O presidente da Casa do Cantador, Pedro Mendes, falou com orgulho da disseminação a cultura do cordel do Piauí para o mundo. De acordo com ele, só foi possível manter a Casa devido a colaboração do saudoso empresário João Claudino. “O festival de violeiro do Norte e Nordeste, conseguiu despertar a consciência nacional. A partir dessa data, começou a chegar repentistas do mundo inteiro. O movimento foi aumentando e o interesse despertado pelo Piauí foi ganhando corpo. Hoje se faz festival de violeiros em vários países do mundo. A literatura de cordel é lecionada em inúmeras universidades do Brasil e do mundo”, disse Pedro.
“Não e fácil manter uma casa dessa e só não foi totalmente possível, graças a um homem chamado João Claudino Fernandes, que foi nosso parceiro desde o primeiro dia que chegou em Teresina. Tudo que eu queria fazer nessa área de cordel ele estava pronto”, recordou Mendes.
O empresário João Claudino Júnior falou um pouco da história do local e de como a Casa do Cantador trouxe de volta a literatura do cordel. “Quando em 1985 foi entregue para o nosso Brasil a Casa do Cantador nós tivemos a oportunidade de recepcionar aqui, no decorrer dessas quase quatro décadas, os mais diversos projetos da literatura de cordel no Brasil”, pontuou.
“Teresina tornou-se por décadas referência no desenvolvimento do cordelismo no Brasil e recepcionamos milhares de cantadores no decorrer dessas quatro décadas que viram nesse renascimento da literatura do cordel, do repente, algo que nos encantava e isso afetou diversas regiões do Brasil”, completou o empresário.
“A Casa do Cantador, que foi a primeira do Brasil, foi reproduzida em diversas outras localidades. Os bons exemplos devem ser copiados e do Piauí veio essa significância para retomada da cultura popular”, disse João Claudino Júnior.
O empresário afirmou ainda que a casa será reaberta este ano com ampliação dos serviços. “Nesse ano de 2022 estamos prontos para reabrir a Casa do Cantador de uma forma mais ampliada nos propondo não apenas a dar continuidade a esse ideal de reverenciar a cultura popular, literatura de cordel, mas estendê-las às escolas, aos curiosos, a ter programações que façam com que a população, os que conhecem e os que ainda não conhecem, venham conhecer um pouco dessa origem tão bela e tão única para o Brasil e o mundo todo”, concluiu.
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