O Ministério Público Federal (MPF) divulgou o nome dos dois presos na Operação Stop Loss, deflagrada nesta quinta-feira (8) com objetivo de desarticular um grupo criminoso que praticava crimes contra o sistema financeiro nacional e de pirâmide financeira em diversas cidades do Piauí e do Maranhão. Tratam-se de Leonel Barbosa da Silva Júnior e Jonathas Micael Máximo da Costa.
Os dois presos foram denunciados pelo MPF. Eles são apontados como os principais envolvidos no esquema criminoso, de acordo com o órgão ministerial.
Segundo o MPF, as investigações tiveram início após circularem notícias de que os representantes das empresas LJ Trader e LJ Trader & CIA LTDA – que tem Leonel Barbosa Júnior e Jonathas Micael da Costa como sócios-administradores – estavam oferecendo ao público em geral uma espécie de contrato de investimento coletivo, denominado “Contrato para realização de operações nos mercados administrados por Bolsa de Valores e/ou por entidade do mercado de balcão organizado LJ Trader”.
Esses “contratos”, assegurariam aos investidores o rendimento bruto mensal de até 25% sobre o valor investido por um prazo determinado mediante aplicação, em tese, na Bolsa de Valores.
Para o MPF, os acusados operaram instituição financeira sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração falsa. A denúncia ponta ainda que eles administraram carteira de investimentos sem autorização do órgão autorizativo, cometendo crime contra o mercado de capitais.
Pedido de condenação
Diante dos fatos levantados na investigação, o Ministério Público Federal pediu a condenação de Leonel Barbosa Júnior e Jonathas Micael da Costa com base na lei que dispõe sobre o mercado de valores imobiliários e na lei que define os crimes contra o sistema financeiro nacional, bem como a condenação dos dois por dano moral coletivo no valor de R$ 50 milhões.
Operação Stop Loss
Leonel Barbosa e Jonathas Micael foram presos nesta quinta-feira (8) no âmbito da operação deflagrada pela Polícia Federal, que cumpriu os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão nas cidades de Teresina e São José dos Pinhais, no Paraná.
O inquérito policial apurou que o grupo criminoso arrecadou um montante que ultrapassa R$ 60 milhões, das centenas de vítimas espalhadas pelas cidades de Floriano, Picos, São Luís (MA) e Maceió (AL).
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