O secretário de Estado da Defesa Civil (Sedec), José Augusto Nunes, participou nesta quinta (6), de reunião com representantes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). No encontro, foram discutidos o atual cenário dos rios que banham o Piauí, a situação da barragem de Boa Esperança, ações articuladas entre as entidades e a integração de plataformas para monitoramento do nível das águas.
Os participantes do encontro avaliaram o volume das precipitações atípico no mês de janeiro que ocasionaram a elevação dos rios no Centro e no Sul do Estado. “É uma situação inédita apresentarmos níveis altos dos rios nesse período, o que era mais comum no final de março. Por enquanto, a situação está controlada, mas devemos estar preparados em caso de inundação e proteger as famílias ribeirinhas que possam ser atingidas”, explicou José Augusto Nunes.
O secretário destaca a importância da integração entre os órgãos em possíveis situações emergenciais. “Esse encontro foi para nivelar ações entre todos os atores envolvidos no sistema de Defesa Civil, sobretudo em casos de urgência. As informações da Chesf, condensadas pela CPRM, são importantes para que as pessoas possam ser retiradas previamente, como aconteceu em Floriano”, disse o secretário da Sedec.
Gilberto Pereira da Silva, chefe da Residência da CPRM, em Teresina, revelou que a entidade tem uma plataforma que informa sobre inundações oito horas antes delas ocorrerem. “Os dados que temos através de monitoramento da barragem e dos rios nos permite prever a cota de inundação com bastante antecedência para que Corpo de Bombeiros e Defesa Civil possam agir junto às comunidades mais vulneráveis”, explicou Gilberto.
A CPRM emite até três boletins hidrológicos diários sobre a vazão da Barragem de Boa Esperança, que está em 2 mil metros cúbicos por segundo, e informa o comportamento dos rios Parnaíba, Poti, Marataoãn e Longá sobre as cidades banhadas.
Atualmente, segundo a Chesf, o nível de vazão da barragem de Boa Esperança segue estável e com 83% da capacidade. O órgão garante que o reservatório é moderno, digitalizado e possui todas as comportas supervisionadas, sendo modelo do Sistema Eletrobrás no Nordeste.
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