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MEEC diz que estudantes são vítimas de perseguição política na UFPI

O MEEC informou que não estava sabendo da denúncia e que os estudantes não queriam provocar qualquer problema, pois foram para a reitoria com o objetivo de dialogar.

O Movimento Estudantil da Licenciatura em Educação do Campo (MEEC) encaminhou ao GP1 um direito de resposta referente à matéria intitulada “Estudantes são denunciados à Justiça por danos ao patrimônio da UFPI”, que foi publicada no dia 3 de agosto.

A matéria informava que o Ministério Público Federal denunciou três estudantes da Universidade Federal do Piauí acusados de danos ao patrimônio público durante manifestação ocorrida no prédio da reitoria. Foram denunciados Daniel da Silva Santos, Francisco Sávio Silva Santos e Igo dos Santos Ribeiro Carvalho pelo crime tipificado no art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. A pena prevista é a de detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Pórtico da Universidade Federal do PiauíPórtico da Universidade Federal do Piauí

No direito de resposta, o MEEC informou que não estava sabendo da denúncia e que os estudantes não queriam provocar qualquer problema, pois foram para a reitoria com o objetivo de dialogar sobre o fato da UFPI estar a dois períodos sem ofertar o ingresso para sujeitos do campo.

“Os estudantes que estão sendo criminalizados neste processo, estão sendo vítimas de perseguição política por terem atuação no movimento estudantil da Educação do Campo, numa clara tentativa de intimidação a eles e aos demais licenciados”, afirmou o Movimento Estudantil na nota.

Confira o direito de resposta na íntegra:

O Movimento Estudantil da Licenciatura em Educação do Campo – MEEC – Piauí tomou conhecimento da criminalização dos estudantes pela imprensa e não fomos procurados por este meio de comunicação para esclarecermos, motivo pelo qual solicitamos o direito de resposta.

Dos fatos:

1. A Licenciatura em Educação do Campo é uma política pública de responsabilidade do MEC que firmou com as Universidades a responsabilidade da oferta de vagas específicas para ingresso dos sujeitos do campo. A UFPI, não ofertou por dois períodos as vagas, motivo pelo qual, os estudantes foram dialogar com a reitoria para saber quando sairia o edital.

2. Assim, o MEEC foi a reitoria dia 08/08/2017 para dialogar com o reitor sobre o referido edital e nesta atividade, na tentativa de diálogo com o reitor, fomos recebidos pelo aparato de segurança da UFPI. Somos Estudantes desta IES e temos o direito de acessar os diferentes espaços desta instituição e de dialogar com as instâncias. Mas, o que houve foi o cerceamento desse direito e o acirramento dos ânimos que produziu um conflito entre os seguranças e os estudantes. Mas, não houve intenção dos estudantes em provocar quaisquer problemas.

3. Reiteramos, ainda que os estudantes que estão sendo criminalizados neste processo, estão sendo vítimas de perseguição política por terem atuação no movimento estudantil da Educação do Campo, numa clara tentativa de intimidação a eles e aos demais licenciados.

4. Assim, repudiamos veementemente a forma e o conteúdo que foi divulgado este incidente, porque não é a verdade. O Movimento Estudantil da Educação do Campo não realizou qualquer ação contra a Universidade, pelo contrário, tem sido protagonista na luta e defesa da educação superior de qualidade e de acesso de sujeitos do campo, historicamente excluídos deste direito.

# Vale à pena lutar!!!

#Educação do Campo é direito e não esmola!!!

# Resiste LEDOC!!!

# Educação é direito e não mercadoria!!!

Atenciosamente,

Movimento Estudantil da Educação do Campo – MEEC - Piauí

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