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Themístocles: “No momento certo eu vou falar e é em vários capítulos"

Nesta quinta-feira (19) o deputado, após reunião da bancada do MDB, preferiu não dar seu posicionamento sobre a decisão de Wellington Dias de trocar ele, por Regina Sousa para a vaga de vice.

Nesta quinta-feira (19) o deputado Themístocles Filho, após reunião da bancada do MDB, preferiu não dar seu posicionamento sobre a decisão do governador Wellington Dias (PT) de trocar ele, por Regina Sousa (PT) para a vaga de vice. O parlamentar afirmou que esse não era o momento de falar sobre o assunto, mas que “no momento certo eu vou falar e é em vários capítulos, não é só um não”.

A bancada do MDB se reuniu novamente para discutir os impasses internos ocasionados pela decisão do governador, já que a legenda ficaria na chapa majoritária, apenas para a vaga ao Senado, com Marcelo Castro.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Deputado Themístocles FilhoDeputado Themístocles Filho

Questionado se considera que foi traído, o parlamentar explicou que só falaria sobre o assunto depois do encontro na próxima segunda-feira (23), onde os deputados devem tomar uma decisão se vão ou não continuar na base do governo.

“Não vou dizer [se foi traído]. Mais uma vez, com tranquilidade, no momento certo é que o deputado Themístocles vai falar. Agora não é o momento certo. Se for para tomar uma decisão, tem que ser bem pensada e é isso que estou fazendo, me cercando com os meus amigos, os deputados, vou conversar com a minha família. Na hora certa vamos falar”, afirmou.

Ele ainda deixou claro que os parlamentares devem pensar bem antes de oficializarem a decisão. “Cada deputado deve ouvir principalmente o povo, conversar com o cidadão, com os prefeitos, os vereadores, e na segunda-feira tem essa análise melhor para cada um explicar para os outros companheiros”, destacou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Themístocles FilhoThemístocles Filho

Decisão do governador

Wellington Dias agiu de forma estratégica nesse assunto. O Partido dos Trabalhadores estava querendo ir para a disputa proporcional, para deputado estadual e federal, em chapa pura. Sabendo da preocupação dos partidos aliados na eleição dos seus candidatos, o governador então propôs que o “chapão”, com todas as siglas aliadas, só aconteceria se Regina Sousa fosse a vice e Marcelo Castro como candidato ao Senado.

Com o "chapão" os partidos vão poder eleger mais deputados e sem essa grande coligação, o MDB pode perder sua boa representação na Assembleia Legislativa e na Câmara, preocupando principalmente os que tentam a reeleição, que mesmo contra a decisão de Wellington, preferem continuar no governo.

Importância da vice

A briga pela vaga de vice é porque, se for reeleito, Wellington deve sair do cargo para disputar o Senado nas eleições de 2020. Dessa forma o vice assume o comando do Governo do Piauí. Para o Partido dos Trabalhadores é importante continuar no governo e isso só seria possível se um petista ficasse na vice

Atrito entre Marcelo e Themístocles

Além dessa situação, fica estremecida a relação entre Themístocles e Marcelo Castro, já que este último, tem sido apontado como um dos que trabalhou para esse acordo, mesmo negando ter participado dessa articulação. Para o PT é importante ter na chapa uma pessoa de confiança. Marcelo sempre foi bem visto pelos petistas, principalmente por apoiar o partido por diversas vezes.

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