O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da promotora Gladys Gomes, instaurou um procedimento preparatório de inquérito civil com o objetivo de apurar as causas das recorrentes suspensões dos atendimentos por médicos, clínicas e hospitais aos segurados do Plano de Saúde Plamta. O caso mais recente é referente a polêmica envolvendo a Unimed.
Na portaria de nº 30/2017, de 19 de setembro, ela disse tem sido recorrente o noticiamento na mídia de interrupções e suspensões dos atendimentos por médicos, clínicas e hospitais aos segurados do Plano de Saúde Plamta, “em prejuízo da assistência aos consumidores beneficiários do referido plano”.
Devido a isso, ela determinou que o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi) seja notificado para apresentar os esclarecimentos que julgar necessários acerca caso, bem como requisitando a lista de profissionais, hospitais e clínicas que suspenderam o atendimento aos segurados do Plamta nos últimos dois anos, apontando as causas da suspensão e as medidas tomadas pela administradora do plano de saúde.
- Foto: Lucas Dias/GP1Ministério Público do Estado do Piauí
Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI) e ao Sindicato Dos Hospitais, Clínicas, Casas De Saúde e Laboratórios do Estado do Piauí (SINDHOSPI), cientificando as entidades representativas acerca da instauração do procedimento bem como notificando os mesmos a apresentarem os subsídios necessários à elucidação dos fatos, especialmente no que diz respeito às reivindicações dos sindicalizados que justifiquem as suspensões dos atendimentos.
Recente polêmica
No início desse mês o Hospital da Unimed Ilhotas deixou de atender os beneficiários do Plamta, alegando falta de pagamento por parte da Iaspi e por não fazer o credenciamento do outro hospital localizado no bairro Primavera.
A diretora do Iaspi, Daniele Amorim, já havia negado ao GP1 que estariam ocorrendo atrasos nos pagamentos e que na verdade falta é o Unimed entregar as notas fiscais de serviços, que servem como uma prestação de contas. “Vemos veiculado na mídia que eles [Hospital da Unimed] estariam cobrando um pagamento de meses anteriores, o que chama a atenção, porque o pagamento do Iaspi segue o curso normal, estamos pagando atualmente a rede credenciada referente ao mês de julho”, disse a diretora. Já sobre o credenciamento do outro hospital, ela afirmou que não há recursos e nem necessidade de credenciar outra unidade de saúde.
Outro lado
Procurada pelo GP1 nesta quinta-feira (20), a diretora Daniele Amorim não foi localizada para comentar o caso. O GP1 está aberto a quaisquer esclarecimentos.
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