O GP1 entrevistou, na manhã dessa quarta-feira (31), o vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí (Sindjor-PI). Ele desmentiu informações que circulavam na internet, dando conta de que a entidade estaria acordando com algumas empresas sobre o fim do piso salarial e do anuênio, benefício pago à profissionais de jornais impressos.
Luiz Carlos explicou que, após o piso salarial aumentar em fevereiro para R$ 1.880,00, um reajuste de 7,56%, algumas empresas têm se recusado a pagar o anuênio, devido ao reajuste no salário. “No dia 1º de fevereiro, que é nossa data base, divulgamos a proposta de reajuste e esperamos as contrapropostas das empresas. Dos três jornais impressos, um fechou o acordo, e os outros dois concordaram em pagar o novo piso, com a condição de congelar a progressão do anuênio, o que não aceitamos”, declarou.
Ele contou ainda que os dois jornais impressos também estão demitindo profissionais, alegando a impossibilidade de pagar o novo salário.
O líder sindical informou que uma assembleia geral foi convocada para o próximo sábado (03), onde a categoria se reunirá com o assessor jurídico do Sindjor, para encaminhar um dissídio coletivo junto à Justiça do Trabalho a fim de regularizar a situação.
- Foto: Facebook/Sindjor-PIConvocatória para assembleia
Anuênio
Desde 1987, os jornalistas do Piauí que trabalham nos impressos têm direito ao acréscimo anual de 2% em cima do salário recebido. “O anuênio é uma conquista de 1987, quando havia [no Piauí] apenas os jornais impressos e as TVs. Como as empresas de televisão já pagavam salários acima do piso, o benefício surgiu como forma de compensar os jornalistas do impresso”, declarou.
O sindicalista foi questionado do porquê de o benefício ser concedido apenas a uma parte da categoria. “Logo que resolvermos os problemas com essas empresas vamos trazer essa discussão”, se limitou a dizer.
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