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Sejus emite nota sobre tentativas de fuga em presídios do Piauí

Conforme a nota, semanalmente são realizadas operações de vistoria nos presídios.

A Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus-PI) emitiu uma nota de esclarecimento sobre a fuga com êxito e as duas tentativas de fuga ocorridas neste final de semana no sistema prisional do Estado. Vale ressaltar que os episódios aconteceram em três unidades prisionais distintas.

Conforme a assessoria da Sejus, todos os detentos envolvidos foram isolados nas áreas de triagem dos presídios e os procedimentos administrativos foram instaurados, para que sejam aplicadas as medidas disciplinares, de acordo com a lei.


Ainda segundo a nota, equipes de segurança se encontram reforçando as unidades para evitar que outras ocorrências aconteçam. Além disso, semanalmente são realizadas operações de vistoria nos presídios.

Confira a nota na íntegra:

Agentes penitenciários e policiais militares impediram que duas tentativas de fuga ocorressem no sistema prisional do Estado, uma na Penitenciária Irmão Guido, em Teresina, na última sexta (10), e outra na Penitenciária José de Deus Barros, em Picos, na noite desse sábado (11).

Na Irmão Guido, dois detentos que estavam módulo de visita íntima conseguiram se evadir do local e pular o muro da unidade, mas foram imediatamente avistados por agentes de segurança prisional e não chegaram a consumar a fuga.

Na Penitenciária de Picos, foram quatro os presos que tentaram fugir. Durante vistoria realizada nos pavilhões, os agentes prisionais encontraram, em uma das celas, um buraco em início de escavação, impedindo, portanto, a tentativa de evasão.

Já no município de Esperantina, seis detentos que fugiram da Penitenciária Luiz Gonzaga Rebelo no sábado foram capturados. Outros quatro detentos foragidos da unidade estão sendo procurados pelos agentes prisionais, com auxílio das forças de segurança pública.

Em todos os casos, os detentos envolvidos nos distúrbios foram isolados nas áreas de triagem dos presídios e procedimentos administrativos foram instaurados, para que sejam aplicadas as medidas disciplinares sobre os presos, de acordo com a lei.

Além disso, o Poder Judiciário será comunicado sobre a ação dos detentos, para que adote as providências necessárias com relação a eles. Equipes de segurança se encontram reforçando as unidades, para evitar outras ocorrências.

Segundo a Secretaria de Justiça do Piauí, semanalmente são realizadas operações de vistoria nos presídios. O intuito é resguardar o sistema de distúrbios, apreender objetos ilícitos e identificação, antecipadamente, de situações que coloquem em risco a segurança nas unidades.

Operação de segurança acontece na Irmão Guido

A Secretaria de Justiça do Estado (Sejus) realizou, nesse sábado (11), operação de segurança na Penitenciária Irmão Guido. O objetivo é, por meio da medida preventiva, manter a ordem na unidade penal, evitando, dessa forma, a ocorrência de distúrbios.

Atuaram na operação agentes penitenciários e policiais militares da Irmão Guido e da Penitenciária de Floriano, o Grupo de Intervenção Prisional, Diretoria de Inteligência e Proteção Externa da Sejus, Grupo de Vistoria da Casa de Custódia e Comando de Operações Prisionais.

Durante a operação, todos os pavilhões foram vistoriados pelos grupos de segurança. A operação faz parte do Plano de Segurança Prisional da Secretaria de Justiça. Em todas as penitenciárias do Estado são realizadas ações do tipo, funcionando preventivamente.

Outro lado

Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Zé Roberto, os episódios foram facilitados por fatores em comum nas unidades prisionais. “Essas unidades têm muita coisa em comum, primeiro a estrutura deficiente e a superlotação em todas elas, tendo em Picos quase 500 presos, Irmão Guido com quase 500 e Esperantina com 400. Outro ponto em comum é o baixo efetivo de agentes penitenciários e questão de policiamento de passarelas e guaritas, que praticamente não existe em nenhuma das três. Cercas elétricas dessas unidades também não funcionam, a iluminação é muito precária e todos esses fatores contribuem para que presos tentem empreender fuga e muitas vezes com êxito, infelizmente”, afirmou. 

Zé Roberto destacou ainda que há recursos para mudar essa realidade. "Não obstante as reclamações feitas pelo Sindicato e também, não obstante, já haver na conta do Funpen [Fundo Penitenciário Nacional] estadual, cerca de 50 milhões de reais para serem aplicados no sistema, até o momento nenhuma ação concreta, visível e palpável foi realizada no sistema prisional no sentido de melhoras nessas deficiências, infelizmente. E esse dinheiro está na conta desde o final do ano passado. Pedimos para que a Secretaria de Justiça tenha responsabilidade na condução desses recursos para que ele não retorne para o Funpen no final de 2017, porque a legislação é bem clara, se os recursos não forem aplicados, eles retornam. Antes se dizia que não tinha recursos para o sistema prisional, hoje esse argumento não existe mais, é necessário fazer as coisas com responsabilidade e decência", frisou.

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