O Ministério Público do Estado do Piauí e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí promoveram na manhã desta quarta-feira (13), a instalação do Núcleo de Investigação Patrimonial (NIP), na sede do Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), na zona leste de Teresina.
De acordo com o promotor de Justiça Sinobilino Pinheiro, a unidade atuará na área de persecução patrimonial, para recuperação dos recursos extraviados em decorrência de crimes cometidos contra a Administração Pública. “A importância é fortalecer ainda mais a parceria entre o Ministério Público, representado aqui pelo Gaeco e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí, com a finalidade de recuperar o máximo possível daqueles valores que foram desviados por organizações criminosas que praticam crimes contra a administração pública”, afirmou.
Ainda segundo o promotor, serão instaurados dois procedimentos de investigação. “Um será instaurado pelo Gaeco, com a finalidade de averiguar a responsabilização pessoal daqueles que praticaram esses crimes e paralelamente uma investigação patrimonial, com a finalidade de verificar a evolução patrimonial desses investigados, visualizar desvios de recursos públicos que foram praticados por esses agentes que cometeram os crimes e ao final mostrar ao poder judiciário o quantitativo que deve ser devolvido aos cofres públicos”, completou.
O procurador-geral de Justiça, Cleandro Moura afirmou que o núcleo vai buscar além da condenação uma reparação do dano causado ao patrimônio público. “É buscar recuperar o que foi desviado do patrimônio público. Temos buscado muito esse combate, foram feitos investimentos desde o início da minha gestão em tecnologia, capacitação de membros e servidores e o nosso foco tem sido o combate a corrupção”, disse.
A parceria entre as duas instituições foi celebrada por meio da assinatura de acordo de cooperação técnica, com a inervação do GAECO. Para o coordenador do grupo, Rômulo Cordão, o objetivo do núcleo é deixar os criminosos vulneráveis financeiramente. “Nós vamos investigar e atacar o patrimônio desses criminosos, porque passar um ano preso, com uns milhões a menos passa a ser um investimento para eles, pois muitos trabalhadores, mesmo passando a vida trabalhando, nunca conseguiriam alcançar esses valores”, ressaltou.
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