O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Piauí, Lucas Villa, afirmou nesta terça-feira (10), a existência de membros de organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), em presídios do Piauí. Segundo ele, além do PCC, outras fações atuam em Teresina, Campo Maior e Esperantina.
"A gente sabe que o PCC tem o hábito de se infiltrar em todos os estados, e isso não vai ser diferente e provavelmente não está sendo diferente no Piauí. E quando o PCC chega a um estado, a tendência é que o Comando Vermelho também chegue e comece a recrutar ou a se aproximar das facções criminosas locais para resistir ao monopólio do PCC. Isso é uma tendência perigosa para o estado do Piauí. E em um ambiente prisional, como por exemplo, a Casa de Custódia, que a gente tem capacidade prisional para 346 presos e já está ultrapassando os mil, é um barril de pólvora que, o que falta para explodir, é só o tempero de uma guerra entre fações criminosas”, comentou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Lucas Villa, vice-presidente da OAB-PI
Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), no Piauí, atuam cinco organizações criminosas: Primeiro Comando da Capital (PCC), Bonde dos 40, Facção Criminosa de Teresina, Primeiro Comando de Campo Maior e Primeiro Comando de Esperantina. “São informações colhidas pela administração penitenciária. Se há essa atuação efetiva ou se ainda é algo inicial, que é o que eu acredito, mas tudo isso é decorrente de superlotação e do trabalho para reinserir essas pessoas na sociedade. Com a superlotação dos presídios é reduzido bastante a condição do Estado de evitar a entrada de drogas, de armas, de celulares”, afirmou o juiz José Vidal.
- Foto: Lucas Dias/GP1José Vidal de Freitas
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