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MPF prorroga investigação contra o médico Gedison Alves

Procurado pelo GP1, o médico não foi localizado para se pronunciar sobre a prorrogação da investigação.

O Ministério Público Federal prorrogou, por mais noventa dias, o Procedimento Preparatório que investiga o suposto acúmulo ilegal de cargos públicos por parte do médico Gedison Alves Rodrigues, a partir de dados levantados em consulta ao sítio do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde – CNES. O despacho de prorrogação é datado de ontem, 21, assinado pelo procurador da República, Saulo Linhares da Rocha.

Gedison é ex-candidato a prefeito do município de Marcos Parente e irmão do ex-prefeito de Landri Sales, Joedison Alves Rodrigues , filhos da ex-prefeita de Marcos Parente, Juraci Alves Guimarães Rodrigues.
Imagem: DivulgaçãoGedison Alves Rodrigues(Imagem:Divulgação)Gedison Alves Rodrigues

Segundo denúncia efetuada por Valdelice Ferreira de Sousa, em pesquisa realizada no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, ficou constatado o acúmulo ilegal de cargos, já que Gedison exerce a função de médico em 03 estabelecimentos distintos, com carga horária de 76 (setenta e seis) horas semanais, todas no Município de Uruçuí em desacordo com a Constituição Federal que prevê a acumulação de apenas dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

O procurador determinou a expedição de ofícios à Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e à Prefeitura do Município de Uruçuí, para, no prazo de 30 (trinta) dias, apresentar informações sobre o objeto do procedimento extrajudicial, informando o tipo de vínculo e quando se iniciou, a carga horária, o horário de trabalho e demais informações pertinentes acerca da atividade laboral do médico investigado.

Outro lado

O médico Gedison Alves afirmou ao GP1 que não é mais integrante do Programa Saúde da Família e que atualmente trabalha apenas em hospital na cidade de Uruçuí e no Samu do mesmo município. 
 
“Tomei conhecimento do que estava acontecendo, quando fui desligado do PSF por volta de setembro do ano passado. Ate então, confesso que desconhecia tal lei, que trata de acúmulo de cargos. Nunca havia sido orientado a respeito disso. Então desde setembro de 2015 que me desliguei do programa (PSF). Atualmente a minha situação encontra-se regular. Tenho apenas dois vínculos: Hospital Regional de Uruçuí (Estado) e Samu (município de Uruçuí), perfazendo no momento uma carga horária de apenas 48 horas semanais”, explicou o médico. 
 

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