Cartório Naila Bucar reabre após interdição em Teresina

O Cartório Naila Bucar, do 2º Ofício e Registro de Imóveis de Teresina, já está aberto para atender os clientes, após interdição, realizada pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) que retirou o comando do cartório da tabeliã Lysia Bucar, que é acusado deixar de repassar entre 2010 e 2016, cerca de R$ 23 milhões que eram destinados ao Tribunal.

Segundo o tabelião substituto, Ícaro Matos, no momento estão sendo feitos apenas os registros de imóveis e está funcionando de 8h às 17h. “A gente está abrindo gradativamente. Hoje estamos funcionando a parte de registro de imóvel, quem quiser registrar pode vir, além da entrega de documentos pendentes. A partir de quinta-feira vamos estar abrindo as demais partes do cartório para funcionamento”, afirmou.
Durante a interdição a nova gestão enfrentou um problema sobre os antigos funcionários, dos quais eles tinham interesse que voltassem a trabalhar no cartório, mas eles eram funcionários de Lysia Bucar, que não estava interessada em liberá-los. Segundo Ícaro, o problema de funcionários foi resolvido.

“Na questão dos funcionários nós conseguimos absorver alguns. Cerca de 28 funcionários e outros novos, mas não está faltando funcionário de jeito nenhum, a gente conseguiu pessoas muito capacitadas para atender o cliente e acredito que a questão a demora, que era uma das principais questões do cartório, serão sanadas”, destacou.
O GP1 falou com clientes que reclamaram da demora, mas que afirmaram que compreendem esse momento de transição. Paulo Damasceno, afirmou que esperou desde 6h15 a abertura do cartório às 8h e às 10hrs ainda estava no local tentanto resolver a questão de uma escritura. Ele explica que o processo continua demorado, pois muitos funcionários ainda possuem dúvidas, mas disse entender a situação.
“Acredito que o Tribunal poderia ter resolvido essa situação de maneira melhor, pois muitos funcionários estão com dúvidas e precisam ficar fazendo consultas, mas eu compreendo, eu entendo que isso vai demorar um pouco para eles pegarem, mas por enquanto o processo aqui está demorando como antigamente. Espero que melhore, pois, por exemplo, eu tenho um documento que foi feito na gestão antiga, com a logomarca da gestão antiga e ainda não sabem quem vai assinar, se é a ex-tabeliã ou a nova. E é o corregedor que vai ter que decidir isso. Esse é o tipo de coisa que já devia ter sido resolvida, então são alguns problemas, que eu espero que não tenham mais e que eles consigam se organizar”, destacou.