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Acusada de encomendar morte do marido em Picos é absolvida

Conselho de sentença acolheu a tese da defesa e absolveu a ré Antônia Consuelo Rodrigues Ramos.

Confirmando as previsões do advogado de defesa Maycon Luz, o Tribunal Popular do Júri da Comarca de Picos absolveu a dona de casa Antônia Consuelo Rodrigues Ramos. Ela era acusada pelo Ministério Público de ser a mandante da morte do marido, Francisco Osvaldo Ramos da Silva (Chico Ramos), executado a tiros na porta de casa em 31 de outubro de 2014.
Imagem: José Maria Barros/GP1Consuello Rodrigues era acusada de encomendar morte do marido(Imagem:José Maria Barros/GP1)Consuello Rodrigues era acusada de encomendar morte do marido
O julgamento terminou ainda ontem de noite e o conselho de sentença, formado por seis homens e uma mulher, absolveu, por maioria de votos, Antônia Consuelo da acusação de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe.

A sessão do júri foi presidida pela juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo. Como representante do Ministério Público o promotor João Malato Neto, tendo como assistente de acusação Jean Clécio. Na defesa atuou o advogado criminalista Maycon Luz.
Imagem: José Maria Barros/GP1Consuelo Rodrigues foi absolvida(Imagem:José Maria Barros/GP1)Consuelo Rodrigues foi absolvida

Depoimento

Durante a sessão do júri foram ouvidas nove testemunhas, sendo cinco arroladas pela defesa e quatro pela acusação. Em seu depoimento, Consuelo Rodrigues negou que tenha encomendado a morte do marido e declarou que a morte do marido pode ter acontecido em razão de uma suposta relação dele [Chico Ramos] com o tráfico de drogas.

Consuelo Ramos negou ainda que o marido tivesse a intenção de se separar dela e dividir os bens, esta uma das motivações apontadas pelas investigações da Polícia Civil para que a mesma tivesse encomendado o crime.
Imagem: José Maria Barros/GP1Sessão do júri terminou ainda na noite de ontem(Imagem:José Maria Barros/GP1)Sessão do júri terminou ainda na noite de ontem
O advogado de defesa, Maycon Luz, disse que Consuelo Rodrigues foi vítima de uma armação policial e de um inquérito conduzido de forma maliciosa e tendenciosa. Segundo ele, não foi apresentado nos autos nenhuma prova que indicasse a participação de sua cliente no crime, por isso a absolvição.

O representante do Ministério Público discordou da decisão e anunciou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Mas, para a defesa, as chances de ele conseguir reverter o resultado são mínimas.

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