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Trabalhadores da Agespisa realizam paralisação de advertência

"A paralisação é uma forma de advertir o Governo de que podemos aprofundar e radicalizar essa greve", disse o presidente do Sintepi

Nesta semana os trabalhadores da Agespisa aderiram à paralisação de 48 horas aprovada em Assembleia Geral na semana passada. A paralisação deu início a 00h desta segunda-feira (07) e por volta das 07h da manhã os trabalhadores se mobilizaram em frente ao prédio sede da empresa, como forma de protesto pelo não pagamento de direitos e contra a privatização.
Imagem: AscomMobilização pela não privatização da Agespisa(Imagem:Ascom)Mobilização pela não privatização da Agespisa
Os setores administrativos e operacionais ficaram parados e foram preservados apenas os serviços essenciais de produção de água e tratamento.

Entre as reivindicações da categoria estão o não pagamento de parte do reajuste salarial, que deveria ter sido pago desde dezembro do ano passado (em três parcelas), horas extras, parte do 13º salário dos trabalhadores, o reajuste do "tikão" e férias.

Segundo o diretor presidente do Sindicato dos Urbanitarios (Sintepi), Francisco Ferreira de Sousa essa greve é uma forma de pressionar o Governo. “É uma greve de advertência ao governo, mas as próximas greves nós vamos parar por tempo indeterminado, mais uma vez estamos tentando advertir o governo. Essa é a última greve de advertência para que o Governo entenda que podemos aprofundar e radicalizar essa greve, inclusive já estamos pensando em começar a radicalizar o movimento”, afirmou o presidente.
Imagem: AscomA paralisação tem duração de 48 horas(Imagem:Ascom)A paralisação tem duração de 48 horas
Os trabalhadores ainda denunciaram durante a paralisação que desde o mês de janeiro desse ano estão sendo contratados trabalhadores terceirizados, recebendo em dia seus contracheques, o que segundo eles, comprova que o problema na empresa não é falta de recursos para pagamentos dos direitos trabalhistas, mas sim que a empresa continua sendo utilizada para fins políticos.

Outra razão para a paralisação de 48 horas, encaminhada pelo Sindicato dos Urbanitários é para reafirmar junto aos trabalhadores, os órgãos de fiscalização, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Teresina que a pressão contra a privatização da Agespisa e a proposta do Governo de transformá-la em Instituto de Águas, não cessará e a categoria continua vigilante para impedir.
Imagem: AscomTrabalhadores da Agespisa realizam paralisação de advertência(Imagem:Ascom)Trabalhadores da Agespisa realizam paralisação de advertência
A paralisação continua nesta terça-feira (08), com concentração as 7h00 da manhã em frente à sede da empresa.

Decisão


Em decisão judicial, a Agespisa conseguiu liminar que impede o bloqueio das entradas do prédio sede da empresa e de suas demais unidades em Teresina pelo Sindicato dos Urbanitários (Sintepi).

O juíz João Henrique Gayoso e Almendra Neto, acatou os pedidos formulados pela Agespisa e proibiu que o sindicato e seus associados impeçam, por qualquer meio, o acesso à empresa, assim como não façam quaisquer outros tipos de atos que possam impedir ou dificultar o normal funcionamento dos serviços. Na decisão, o juíz também determinou multa diária de R$ 10 mil pelo descumprimento da ordem.

De acordo com a liminar o objetivo da ação ajuizada pela Agespisa é garantir o direito do acesso de servidores, terceirizados, fornecedores e clientes, proibindo o Sindicato de prejudicar o normal acesso e utilização, pela população em geral, dos serviços prestados pela empresa de saneamento. A ação evita ainda qualquer ato que impeça o acesso ou cause constrangimento aos servidores que queiram trabalhar.


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