Em entrevista ao GP1, o procurador-geral do Ministério Público Estadual, Cleandro Moura, comentou a decisão do desembargador José James Gomes Pereira, de suspender todo o procedimento de investigação criminal realizado pelo Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), relacionado à Operação “IL Capo”, envolvendo o ex-procurador-geral de justiça, Emir Martins Filho.
A investigação foi comandada pelo Ministério Público Estadual, através do Gaeco, e culminou com a prisão de Emir Martins no dia 24 de novembro. Mais 11 pessoas são investigadas por peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Para o procurador-geral, a decisão do desembargador não se trata de um conflito entre as instituições, mas que ele espera que o processo volte a tramitar o mais rápido possível.
- Foto: Priscila Caldas/GP1Cleandro Moura
“Olha, a questão da suspensão está dentro das atribuições do próprio Judiciário, da competência do próprio desembargador, então a gente avalia como se fosse uma coisa natural, não vejo nenhum conflito entre as instituições. Esperamos que realmente, após essa suspensão, volte o processo a tramitar novamente, até porque foi oferecida a denúncia”, disse.
Questionado sobre a legalidade da decisão, Cleandro Moura afirmou que não sabe todos os detalhes que motivaram o desembargador José James a conceder a liminar no pedido de habeas corpus impetrado por José Ribamar de Sena Rosa, um dos investigados na operação "IL Capo”.
“Não vou entrar nesse mérito, até porque não conversei pessoalmente com o coordenador do Gaeco, o Rômulo, para saber os motivos que levaram a essa suspensão da tramitação da investigação. O que eu sei é que foi oferecida a denúncia e que ela está suspensa enquanto é feita uma análise para saber se há pessoas com prerrogativas de fuga”, afirmou o procurador ao GP1.
- Foto: Facebook/Emir Martins Ex-procurador Emir Martins
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